ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DESFECHOS CLÍNICOS: UM ESTUDO RETROSPECTIVO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar

Endereço:
Praça Mascarenha de Moraes, 4282 - UNIPAR - Zona III
Umuarama / PR
87502210
Site: https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude
Telefone: (44) 3621-2816
ISSN: 1982-114X
Editor Chefe: Giuliana Zardeto
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DESFECHOS CLÍNICOS: UM ESTUDO RETROSPECTIVO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Ano: 2024 | Volume: 28 | Número: 1
Autores: Bruna Lucas Dal Molin, Carla Rubia Duarte, Beatriz Rezende de Brito Carvalho, Guilherme Welter Wendt, Mirian Cozer, Lirane Elize Defante Ferreto, Cleide Viviane Buzanello Martins
Autor Correspondente: Bruna Lucas Dal Molin | [email protected]

Palavras-chave: Avaliação Nutricional; Obesidade; SARS-CoV-2; Coronavírus, Nutritional Assessment; Obesity; SARS-CoV-2; Coronavirus, Evaluación Nutricional; Obesidad; SARS-CoV-2; Coronavirus

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A COVID-19 é uma doença respiratória aguda provocada pela infecção do vírus SARS-CoV-2, que pode causar uma grave insuficiência respiratória hipoxêmica, complicações e mortes, principalmente na população com condições crônicas de saúde. Os mecanismos pelos quais a obesidade pode aumentar a gravidade da COVID-19 incluem mecanismos físicos, inflamação crônica e uma função imunológica prejudicada. Além disso, o índice de massa corporal elevado é um fator de risco para várias condições médicas que têm sido sugeridas para aumentar o risco de gravidade da COVID-19. Objetivo: analisar a associação entre o índice de massa corporal e desfechos clínicos dos casos confirmados de COVID-19. Metodologia: Estudo transversal, com coleta de dados de prontuários, conduzido de março de 2020 a dezembro 2021. Foram analisados os registros de prontuários, exames bioquímicos e de imagem de pacientes internados com COVID-19 em três hospitais da cidade de Francisco Beltrão (PR). As variáveis analisadas foram o diagnóstico nutricional, idade, sexo, necessidade de internação em UTI, comorbidades, dias de hospitalização, complicações, exames laboratoriais e desfecho. Os critérios para inclusão no estudo foram, pacientes hospitalizados com diagnóstico para COVID-19, com presença de diagnóstico nutricional relatado. Resultados: No ano de 2020 foram analisados 292 prontuários e no ano de 2021 foram 860 prontuários. Destes, somente 413 possuíam diagnóstico nutricional, sendo assim incluídos no presente estudo. Foram classificados como peso normal 78 (18,9%), com sobrepeso 153 (37%)e como obeso 182 (44,1%) participantes. A maior prevalência de obesidade foi encontrada no sexo feminino (52,5%), portadores de diabetes (27,6%), pacientes com estado geral comprometido (67,9%), que apresentaram complicações pulmonares (54,5%) e arritmias (23%). A média de idade encontrada em pacientes com obesidade foi mais jovem (55,54) em comparação com os classificados com sobrepeso (59,08) e normal (62,51). Observou-se que quanto maior o IMC menor foram os valores encontrados para idade (rho = -0,190), leucócitos (rho = -0,109), ureia (rho = -0,145) e D-dímero (rho = -0,155). Conclusão: Este estudo fornece evidências de que o sobrepeso e/ou obesidade então associadas a um pior quadro clínico durante a internação dos pacientes com COVID-19. Em relação a frequência de óbito, não houve diferença estatística em relação ao diagnóstico nutricional.



Resumo Inglês:

COVID-19 is an acute respiratory disease caused by SARS-CoV-2 virus infection, which can cause severe hypoxemic respiratory failure, complications, and deaths, especially in the population with chronic health conditions. The mechanisms by which obesity may increase the severity of COVID-19 include physical mechanisms, chronic inflammation, and impaired immune function. In addition, high body mass index is a risk factor for several medical conditions that have been suggested to increase the risk of COVID-19 severity. Objective: to analyze the association between body mass index and clinical outcomes of confirmed cases of COVID-19. Methodology: Cross-sectional study, with data collection from medical records, conducted from March 2020 to December 2021. The records of medical records, biochemical and imaging tests of patients hospitalized with COVID-19 in three hospitals in the city of Francisco Beltrão (PR) were analyzed. The variables analyzed were nutritional diagnosis, age, gender, need for ICU admission, comorbidities, days of hospitalization, complications, laboratory tests and outcome. The inclusion criteria for the study were, hospitalized patients with diagnosis for COVID-19, with presence of nutritional diagnosis reported. Results: In the year 2020, 292 medical records were analyzed and in the year 2021 there were 860 medical records. Of these, only 413 had nutritional diagnosis, thus being included in this study. Were classified as normal weight 78 (18.9%), overweight 153 (37%), and obese 182 (44.1%) participants. The highest prevalence of obesity was found in females (52.5%), patients with diabetes (27.6%), patients with impaired general condition (67.9%), who presented pulmonary complications (54.5%) and arrhythmias (23%). The mean age found in obese patients was younger (55.54) compared to those classified as overweight (59.08) and normal (62.51). It was observed that the higher the BMI the lower were the values found for age (rho = -0.190), leukocytes (rho = -0.109), urea (rho = -0.145) and D-dimer (rho = -0.155). Conclusion: This study provides evidence that overweight and/or obesity then associated with a worse clinical picture during hospitalization of patients with COVID-19. Regarding the frequency of death, there was no statistical difference in relation to nutritional diagnosis.



Resumo Espanhol:

COVID-19 es una enfermedad respiratoria aguda causada por la infección por el virus SARS-CoV-2, que puede provocar insuficiencia respiratoria hipoxémica grave, complicaciones y muertes, especialmente en poblaciones con enfermedades crónicas. Los mecanismos por los cuales la obesidad puede aumentar la gravedad de la COVID-19 incluyen mecanismos físicos, inflamación crónica y función inmune deteriorada. Además, un índice de masa corporal alto es un factor de riesgo para varias afecciones médicas que, según se ha sugerido, aumentan el riesgo de gravedad del COVID-19. Objetivo: analizar la asociación entre el índice de masa corporal y los resultados clínicos de casos confirmados de COVID-19. Metodología: Estudio transversal, con recolección de datos de historias clínicas, realizado de marzo de 2020 a diciembre de 2021. Se analizaron historias clínicas, exámenes bioquímicos y de imagen de pacientes hospitalizados con COVID-19 en tres hospitales de la ciudad de Francisco Beltrão (PR). Las variables analizadas fueron diagnóstico nutricional, edad, sexo, necesidad de ingreso a UCI, comorbilidades, días de internación, complicaciones, exámenes de laboratorio y evolución. Los criterios de inclusión en el estudio fueron pacientes hospitalizados con diagnóstico de COVID-19, con presencia de diagnóstico nutricional informado. Resultados: En 2020 se analizaron 292 historias clínicas y en 2021 se analizaron 860 historias clínicas. De ellos, sólo 413 tenían diagnóstico nutricional, por lo que fueron incluidos en el presente estudio. 78 (18,9%) participantes fueron clasificados como normopeso, 153 (37%) como sobrepeso y 182 (44,1%) como obesidad. La mayor prevalencia de obesidad se encontró en el sexo femenino (52,5%), pacientes con diabetes (27,6%), pacientes con estado general comprometido (67,9%), quienes presentaron complicaciones pulmonares (54,5%) y arritmias (23%). La edad promedio encontrada en los pacientes con obesidad fue menor (55,54) en comparación con los clasificados como con sobrepeso (59,08) y normales (62,51). Se observó que a mayor IMC, menores son los valores encontrados para edad (rho = -0,190), leucocitos (rho = -0,109), urea (rho = -0,145) y dímero D (rho = -0,155). Conclusión: Este estudio proporciona evidencia de que el sobrepeso y/u obesidad se asocia con una peor condición clínica durante la hospitalización de pacientes con COVID-19. En cuanto a la frecuencia de muerte, no hubo diferencia estadística en relación al diagnóstico nutricional.