Ainda uma vez, virtude moral e virtude política: as rupturas maquiavelianas

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ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

Ainda uma vez, virtude moral e virtude política: as rupturas maquiavelianas

Ano: 2018 | Volume: 45 | Número: 143
Autores: Sérgio Cardoso
Autor Correspondente: Sérgio Cardoso | [email protected]

Palavras-chave: -

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Resumo Português:

No presente artigo, começamos por rememorar alguns marcos fun­damentais das considerações da Antiguidade clássica sobre as relações entre virtude moral e virtude política – Aristóteles, o estoicismo moral ciceroniano –, para caminhar na direção da noção humanista de ‘virtude cívica’ e, ainda uma vez, desta ao conceito de virtù em Maquiavel. Procuramos, então, reconsiderar interpretações contemporâneas – Quentin Skinner, James Hankins – que entendem manter o vínculo ético desta virtù em vista de seu apego aos fins tradicionais da virtude política, a utilidade pública, o bem comum, para, enfim, mostrar que o tema central da obra do florentino – o da divisão civil entre grandes e povo, constitutiva da ordem política – incide diretamente sobre o conceito em causa e leva a ética (pública e privada) a filtrar-se na lógica da construção da vida comum entre os homens.