ANÁTOMO-HISTOLOGIA FUNCIONAL DAS DENTIÇÕES ORAL E FARINGIANA DE TRAIRÃO, Hoplias lacerdae (MIRANDA RIBEIRO, 1908) (Characiformes, Erythrinidae)

Enciclopédia Biosfera

Endereço:
Rua 1058 Nº 55 Setor Pedro Ludovico
GOIANIA / GO
Site: http://www.conhecer.org.br/enciclop/enciclop.htm
Telefone: (62) 3093-8268
ISSN: 18090583
Editor Chefe: Ivonete Maria Parreira
Início Publicação: 30/06/2005
Periodicidade: Semestral

ANÁTOMO-HISTOLOGIA FUNCIONAL DAS DENTIÇÕES ORAL E FARINGIANA DE TRAIRÃO, Hoplias lacerdae (MIRANDA RIBEIRO, 1908) (Characiformes, Erythrinidae)

Ano: 2010 | Volume: 6 | Número: 11
Autores: Alaor Maciel Júnior, Cláudia Maria Reis Raposo Maciel, Lidiane da Silva Nascimento, Milane Alves Correia
Autor Correspondente: Alaor Maciel Júnior | [email protected]

Palavras-chave: cavidade bucofaringiana, dentes, histogênese, pisces

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A dentição de peixes apresenta variação significativa quanto à distribuição e ao
tipo. Não existe, necessariamente, correlação entre adaptação da dentição dos
peixes ao regime alimentar, entretanto a funcionalidade dos dentes pode estar
relacionada com a presença de adaptações anatômicas em outros segmentos
do aparelho digestório, com a finalidade de trituração ou mastigação do
alimento. Para a realização deste trabalho foram coletados, diariamente, 30
exemplares de trairão, durante 30 dias após a eclosão. 10 animais de cada
coleta foram diafanizados e corados com alizarina e alcian blue, e outros 10
foram fixados em solução de Bouin e submetidos às técnicas de rotina para
confecção de lâminas histológicas. Nas larvas vitelínicas com três dias após a
eclosão (AE), foram observados dentes orais em desenvolvimento. Aos 13 dias
AE, estes estavam estruturados e seus tecidos eram distintos. Em larvas com
15 dias AE, eles podiam ser diferenciados em cônicos e caninos e famílias
dentárias foram observadas. Em alevinos com 27 dias AE, os dentes
encontravam-se dispostos ordenadamente em toda região cranial da cavidade
bucofaringiana. Em larvas vitelínicas com sete dias AE, o aparelho dentário
faringiano estava em formação, e aos 19 dias AE, este apresentava estrutura
definida. A estrutura histológica era praticamente constante nos dentes de
Hoplias lacerdae. Os dentes orais e faringianos tornam-se funcionais aos 30
dias AE, podendo participar da captura e da preensão do alimento, sem
prepará-lo para a deglutição.



Resumo Inglês:

A dentição de peixes apresenta variação significativa quanto à distribuição e ao
tipo. Não existe, necessariamente, correlação entre adaptação da dentição dos
peixes ao regime alimentar, entretanto a funcionalidade dos dentes pode estar
relacionada com a presença de adaptações anatômicas em outros segmentos
do aparelho digestório, com a finalidade de trituração ou mastigação do
alimento. Para a realização deste trabalho foram coletados, diariamente, 30
exemplares de trairão, durante 30 dias após a eclosão. 10 animais de cada
coleta foram diafanizados e corados com alizarina e alcian blue, e outros 10
foram fixados em solução de Bouin e submetidos às técnicas de rotina para
confecção de lâminas histológicas. Nas larvas vitelínicas com três dias após a
eclosão (AE), foram observados dentes orais em desenvolvimento. Aos 13 dias
AE, estes estavam estruturados e seus tecidos eram distintos. Em larvas com
15 dias AE, eles podiam ser diferenciados em cônicos e caninos e famílias
dentárias foram observadas. Em alevinos com 27 dias AE, os dentes
encontravam-se dispostos ordenadamente em toda região cranial da cavidade
bucofaringiana. Em larvas vitelínicas com sete dias AE, o aparelho dentário
faringiano estava em formação, e aos 19 dias AE, este apresentava estrutura
definida. A estrutura histológica era praticamente constante nos dentes de
Hoplias lacerdae. Os dentes orais e faringianos tornam-se funcionais aos 30
dias AE, podendo participar da captura e da preensão do alimento, sem of food crushing or chewing. To carry out this work were collected daily, 30
specimens of trairão, during 30 days after hatching. 10 animals of each sample
were cleared and stained with alizarin and alcian blue, and other 10 were fixed
in Bouin's solution and submitted to routine techniques for making histological
sections. In the yolk-sac larvae, three days after hatching (AE), we observed
oral teeth developing. At 13 days AE, they were structured and their tissues
were distinct. In the larvae with 15 days AE, they could be differentiated into
conical and canine teeth and dental families were observed. In juvenile with 27
days AE, the teeth were arranged neatly across the cranial portion of the
buccopharyngeal cavity. In yolk-sac larvae with seven days AE, the pharyngeal
dental apparatus was forming, and 19 days after AE, it presented defined
structure. The histological structure was almost constant in the H. lacerdae
teeth. Oral and pharyngeal teeth become functional at 30 days AE, and may
participate in the capture and hold food, without preparing him for swallowing.