Caracterização das infecções puerperais em uma maternidade pública municipal de Teresina em 2013

Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção

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ISSN: 2238-3360
Editor Chefe: Lia Gonçalves Possuelo
Início Publicação: 30/11/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Caracterização das infecções puerperais em uma maternidade pública municipal de Teresina em 2013

Ano: 2015 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: M. F. Cavalcante, V. C. Feitosa, F. F. Soares, D. C. Araújo
Autor Correspondente: M. F. Cavalcante | [email protected]

Palavras-chave: infecção hospitalar, infecção puerperal, enfermagem

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Justificativa e Objetivos: Na área gineco-obstétrica, as complicações infecciosas após o parto são as principais causas de morbidade materna e aumento no tempo de internação da puérpera. O objetivo deste estudo foi analisar os casos de infecções puerperais que acometeram mulheres em uma maternidade municipal de Teresina no ano de 2013 quanto aos aspectos sociodemográficos, clínico-obstétrico e da assistência de enfermagem. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo e exploratório com abordagem quantitativa, onde foram analisados 50 prontuários e fichas de notificação de infecção hospitalar do período de janeiro a dezembro de 2013. Resultados: Predominou a faixa de idade de 20 a 29 anos (66%), estudaram até o ensino médio (66%), eram casadas/união estável (72%) e eram procedentes de Teresina-PI (78%). A infecção mais prevalente foi a mastite (44%). Entre as etapas da Sistematização da Assistência de Enfermagem, a menos realizada é o diagnóstico de enfermagem (12%), sendo o acesso venoso periférico (100%) e o curativo o procedimento mais realizado (54%). Conclusão: Neste estudo, evidenciou-se que não existe relação direta entre idade e a ocorrência de infecções puerperais, sendo a prevalência de partos cesáreos determinante para a ocorrência destas complicações. No tocante à assistência de enfermagem, nota-se uma dificuldade dos enfermeiros em executar o processo de enfermagem, principalmente a etapa dos diagnósticos, havendo a necessidade de outros estudos que detectem quais as reais necessidades destes profissionais para efetivarem a Sistematização da Assistência de Enfermagem.



Resumo Inglês:

Backgound and Objectives: In the gynecological-obstetric area, infectious complications after childbirth are the leading causes of maternal morbidity and increased hospital length of stay in the postpartum period. This study aimed to analyze the cases of puerperal infections in women admitted to a municipal maternity in Teresina in 2013 regarding the sociodemographic, clinical-obstetric and nursing care aspects. Method: This is a retrospective, descriptive and exploratory study with a quantitative approach, which analyzed 50 medical records and hospital-acquired infection reporting forms, from January to December 2013. Results: The predominant age range (66%) was 20 to 29 years; 66% of the women had finished high school; 72% were married/had a common-law marriage and 78% were from Teresina, PI. The most prevalent infection was mastitis (44%). Nursing records showed that the least used stage of the Systematization of Nursing Care was nursing diagnosis (12%), with peripheral venous access (100%) and dressings (54%) being the most often performed procedures. Conclusion: This study
showed there is no direct association between age and the occurrence of puerperal infections and that the prevalence of cesarean deliveries was determinant for these complications. Regarding nursing care, some difficulty was observed for nurses to implement the nursing process, particularly at the stage of diagnosis, with further studies being required to establish the real needs of these professionals to actually implement the Systematization of Nursing Care.