Exercícios ascéticos e práticas pedagógicas: por uma genealogia do poder disciplinar

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ISSN: 1676-2592
Editor Chefe: Antonio Carlos Dias Junior
Início Publicação: 30/09/1999
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Educação

Exercícios ascéticos e práticas pedagógicas: por uma genealogia do poder disciplinar

Ano: 2010 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: Ernani Chaves
Autor Correspondente: Ernani Chaves | [email protected]

Palavras-chave: ascese, disciplina, genealogia, poder

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo pretende mostrar, a partir do curso “O poder
psiquiátrico” ministrado por Michel Foucault no Collège de
France em 1973-1974, a relação entre exercícios ascéticos e as
práticas pedagógicas desenvolvidas nas comunidades religiosas
medievais e a constituição histórica do poder disciplinar. Para
isso, avalia-se o lugar estratégico dos cursos de Foucault para a
compreensão de seu pensamento, assim como se aponta a
consequência de sua análise, qual seja, por um lado, a
necessidade da solidão, do isolamento para a produção do
conhecimento e, por outro lado, entretanto, a necessidade de
romper este isolamento, tendo em vista a circulação social do
saber. Encontrar uma resolução para este conflito constitui-se,
por sua vez, numa forma de resistência ao poder disciplinar.



Resumo Inglês:

The present article intends to show, from the course “The
psychiatric power” given by Michel Foucault at the Collège de
France in 1973-1974, the relationship between ascetic exercises
and the pedagogical practices developed in medieval religious
communities and the historic constitution of disciplinary power.
For this, it is evaluated the strategic place of Foucault’s
courses to the understand of his thinking, as it is pointed the
consequence of its analysis, that is, firstly, the necessity of
solitude, of isolation for the production of knowledge and, on
the other hand, however, the necessity to break this isolation, in
view of the social circulation of knowledge. Find a resolution to
this conflict is, for its part, a form of resistance to disciplinary
power.