Hipocorísticos Sensíveis ao Acento Primário da Forma de Base

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Editor Chefe: Maria Claudete Lima
Início Publicação: 30/09/2011
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística

Hipocorísticos Sensíveis ao Acento Primário da Forma de Base

Ano: 2012 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: Lirian Daniela MARTINI
Autor Correspondente: L. D. Martini | [email protected]

Palavras-chave: Hipocorísticos; Teoria da Otimalidade; Morfologia Prosódica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste trabalho é feita uma análise dos hipocorísticos do português
brasileiro, especificamente dos hipocorísticos coletados na cidade de Belo HorizonteMG, sob a perspectiva da Teoria da Otimalidade (McCarthy e Prince, 1993) e Teoria
da Correspondência (McCarthy e Prince, 1995). Entende-se por Hipocorístico o
processo usado na linguagem familiar para transmitir carinho (cf. Borba, 1971: 82)
ou qualquer palavra criada por afetividade (cf. Câmara Jr., 1968:193), incluindo-se
aí certos diminutivos (filhinho, benzinho, titia, tetéia, dodói, etc...). Vê-se logo que
tais conceitos são bastante amplos, tornando-se, pois, necessária uma delimitação
mais rígida. Em sentido restrito, o Hipocorístico designa uma alteração do prenome
ou sobrenome, mas essa alteração mantém a identidade com a forma original.
Este artigo argumenta, conforme proposta de Gonçalves (2005), que Hipocorísticos
compreendem morfologia não-concatenativa porque acessam informações prosódicas
e estão submetidos às exigências fonológicas da língua para serem reduzidos a um
tamanho definido. Seguindo Gonçalves (2005) e Piñeros (2000), pode-se dizer que
a compreensão dos Hipocorísticos dá-se em um espaço multidimensional, no qual
primitivos morfológicos interagem com primitivos prosódicos.



Resumo Inglês:

In this work, it is made an analysis of the Brazilian Portuguese
hypocoristics, specifically of those gathered in the city of Belo Horizonte-MG,
considering the Optimality Theory (McCarthy e Prince, 1993) and the Correspondence
Theory (McCarthy e Prince, 1995) perspectives. One understands as hypocoristics
the process used in the familiar language to transmit affection (see Borba, 1971:
82), including some diminutives (filhinho, benzinho, titia, teteia, dodói, etc...). It is
perceived that such concepts are very wide, thus, it is necessary to delimitate them.
In a strict sense, the hypocoristic designates a change of first names and last names,
but this change keeps the identity with the original form. This article arguments that
the hypocoristics have a non-concatenative morphology, once they access prosodic
information and are submitted to language phonological demands in order to be
reduced to a defined size. According to Gonçalves (2005) and Piñeros (2000), it can
be said that the hypocoristic comprehension occurs in a multidimensional space, in
which morphological primitives interact with prosodic primitives.