O FIDEÍSMO MÍSTICO DE DEMEA E SUA CRÍTICA AO ANTROPOMORFISMO NOS DIÁLOGOS DE HUME

Síntese

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ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

O FIDEÍSMO MÍSTICO DE DEMEA E SUA CRÍTICA AO ANTROPOMORFISMO NOS DIÁLOGOS DE HUME

Ano: 2019 | Volume: 46 | Número: 145
Autores: Marília Côrtes de Ferraz
Autor Correspondente: Marília Côrtes de Ferraz | [email protected]

Palavras-chave: -

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Resumo Português:

Hume, nos Diálogos sobre a religião natural, faz com que o persona­gem Demea defenda algumas teses que, a meu ver, podem ser formuladas do seguinte modo: i) a assimilação dos tradicionais atributos divinos depende de argumentos místico-religiosos, pois nossa razão, embora seja potente para pro­var a existência de Deus, não tem poderes para nos dizer qual a sua natureza; ii) o antropomorfismo implicado na tese de Cleanthes é inaceitável; e iii) a existência de Deus pode e deve ser demonstrada por um argumento formal ou prova a priori. Pretendo, neste artigo, examinar conjuntamente as duas primei­ras teses, uma vez que as entendo como teses solidárias, isto é, uma implica a outra. Defendo que o fideísmo místico (ou misticismo religioso) de Demea está circunscrito à sua concepção religiosa cristã e que seu compromisso mais forte em sua crítica ao argumento do desígnio é com a teologia racional subjacente à prova da existência de Deus. Para tanto, faço um exame dos argumentos que Demea oferece contra o antropomorfismo implicado no argumento do desígnio e suas relações com aquilo que chamei de fideísmo místico.