Palestinos: as vítimas ulteriores do Holocausto

Revista TEL Tempo Espaço Linguagem

Endereço:
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE Setor de Ciências Humanas Letras e Artes Programa de Pós-graduação Stricto Sensu Mestrado em História Campus de Irati – PR PR 153 – Km 07 – Riozinho
Irati / PR
84500-000
Site: http://www.revistas2.uepg.br/index.php/tel
Telefone: (42)3421-3129
ISSN: 2177-6644
Editor Chefe: Oseias de Oliveira
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: História

Palestinos: as vítimas ulteriores do Holocausto

Ano: 2011 | Volume: 2 | Número: 3
Autores: Fábio Bacila Sahd
Autor Correspondente: SAHD, F.B. | [email protected]

Palavras-chave: Palavras-chave: Holocausto; Israel; Palestina; Limpeza Étnica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Fato que culminou na morte de milhões de pessoas, sobressaindo-se quantitativamente dentre estas as de descendência judia, o Holocausto e a memória de suas vítimas são temas de constantes debates. Se, de um lado, estudos de sua especificidade, causas e dimensões já somam um considerável volume, de outro, também se discute os usos políticos do fenômeno. Inserido nessa segunda corrente, o presente artigo trabalha com conseqüências e utilizações da lembrança do Holocausto em três momentos da Questão Palestina: primeiro, o período que vai do final da Segunda Guerra Mundial até 1948, ano de fundação do Estado israelense; segundo, o contexto de surgimento daquilo que Norman G. Finkelstein denomina de “indústria do Holocausto”, entre a Guerra de 1967 e a de 1973, e, terceiro, a invasão israelense do Líbano em 1982. A partir de referencial bibliográfico especializado e fontes, busca-se discutir os vínculos entre o fenômeno e a criação do Estado israelense e argüir sobre os usos políticos do mesmo, sobretudo para anuviar crimes praticados contra a população árabe, mais especificamente palestina. Notar-se-á que tal discussão paralela do sentido do Holocausto foi realizada mormente por intelectuais judeus, buscando criticar a instrumentabilização política que o Estado israelense e estadunidense fez do fenômeno para alcançar objetivos concretos. Em um contexto como o nosso, no qual o assunto tem gerado polêmicas a partir de sua negação pelo “revisionismo”, é salutar contribuir às discussões reiterando a necessidade de fazer uma crítica do uso político do Holocausto, mas que em nenhum momento caia no equivoco de um negacionismo.



Resumo Inglês:

Fact that led to the deaths of millions of people, standing out among them quantitatively those of Jewish descent, the Holocaust and the memory of its victims are subjects of constant debate. If, on the one hand, studies of its specificity, causes and dimensions have already reached a considerable volume, of another, are the discussions of the political uses of the phenomenon. Inserted into this second stream, this article deals with consequences and uses the memory of the Holocaust in the Palestinian Question on three diferent times: first, the period from the end of World War II until 1948, year of foundation of the Israeli state, second, the context between the 1967 War and 1973 War, and third, the Israeli invasion of Lebanon in 1982. From specialized bibliographical references and sources, we seek to discuss the links between the phenomenon and the creation of the Israeli state and argue about the political uses of the same, especially for cloud crimes against the Arab population, specifically Palestinian. It will be noted that such a parallel discussion of the meaning of the Holocaust was carried out mainly by Jewish intellectuals, seeking to criticize the policy that the State Israeli and U.S. governments made to, through the phenomenon, achieve concrete objectives. In a context like ours, where the issue has generated controversy from its denial by the "revisionism", is salutary to contribute to discussions stressing the need to criticize the political use of the Holocaust, but at no time fall into the mistake of a denial.

Key-words: Holocaust, Israel, Palestine, Ethnic Cleansing.



Resumo Espanhol:

Hecho que llevó a la muerte de millones de personas, entre los que destacan cuantitativamente los de ascendencia judía, el Holocausto y el recuerdo de las víctimas son objeto de constante debate. Si, por un lado, los estudios de su especificidad, causas y dimensiones ya han alcanzado un volumen considerable de otra, se discute la utilización política del fenómeno. Insertado en esta segunda corriente, este artículo se refiere a las consecuencias y los usos de la memoria del Holocausto en la cuestión de Palestina en tres ocasiones: en primer lugar, el período comprendido entre el final de la Segunda Guerra Mundial hasta 1948, año de fundación del Estado de Israel, en segundo lugar, el surgimiento de lo que Norman G. Finkelstein denomina "la industria del Holocausto", entre la guerra de 1967 y a de 1973, y en tercer lugar, la invasión israelí del Líbano en 1982. Desde especializadas referencias bibliográficas y fuentes, busca-se discutir los vínculos entre el fenómeno y la creación del Estado israelí y discutir sobre los usos políticos de lo mismo, sobre todo para ocultar los crímenes cometidos contra la población árabe, especialmente palestinos. Cabe señalar que este debate paralelo sobre el significado del Holocausto se llevó a cabo principalmente por los intelectuales judíos, tratando de criticar la política utilizada por los Estados israelí y de EE.UU para lograr objetivos concretos. En un contexto como el nuestro, donde el tema ha generado controversia desde su negación por el "revisionismo" es saludable para contribuir a los debates haciendo hincapié en la necesidad de criticar el uso político del Holocausto, pero en ningún momento caer en el error de la negación.

Palabras clave: Holocausto, Israel, Palestina, Limpieza étnico.Palestinos: as vítimas ulteriores do Holocausto.