Patrimônios goianos: intervalos entre a roça e a cidade

Boletim Goiano De Geografia

Endereço:
Campus Samambaia, Caixa Postal 131
GOIANIA / GO
Site: http://www.revistas.ufg.br/index.php/bgg
Telefone: (62) 3521-1170
ISSN: 0101708X
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 30/06/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

Patrimônios goianos: intervalos entre a roça e a cidade

Ano: 2008 | Volume: 28 | Número: 1
Autores: Rusvênia Luiza B. Rodrigues da Silva
Autor Correspondente: Rusvênia Luiza B Rodrigues da Silva | [email protected]

Palavras-chave: vilas-rurais, urbanidade, ruralidade, modo de vida camponês

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho se vincula à pesquisa de doutorado que
vem sendo realizada em duas vilas rurais no interior de
Goiás, Cibele e Caiçara. No que se alude à produção
espacial, ambas estão influenciadas pelos aspectos
da formação da Região do Mato Grosso Goiano que foi
ocupada por grandes investidores: “uma nova sociedade
rural de fazendeiros e agricultores”, conforme confirmou
estudo de Brandão (1985, p.86). Trata-se de uma área
cuja promessa de fertilidade estava amplamente difundida
nos discursos dos governos federal e estadual e que
por tal fato atraiu grupamentos camponeses do Estado
de Minas Gerais e do interior de Goiás, cujo processo de
migração ocorreu ao longo das décadas de 1940, 1950
e 1960. São populações de famílias de pequenos exproprietários
e de não-proprietários de terra, sendo por
tal fato “mais móveis”; gerações inteiras de agregados
de fazenda os quais viveram, durante toda a vida, como
meeiros e arrendatários. São comunidades guardadoras
de saberes que sobejam elementos míticos da fertilidade/
fartura/fortuna camponesas, escassos, em constante
contradição. Assim, ficam a meio do caminho de um processo
que se realiza mas que não extingue as possibilidades
de recriação do modo de vida camponês.



Resumo Espanhol:

Este trabajo hace parte de una encuesta del doctorado que
es realizada, del punto de vista etnográfico más cercano, en
dos povoados campencinos en el interior de Goiás, Cibele
y Caiçara. En lo que se dice de la producción espacial las
dos están influenciadas por los aspectos de la formación
de la Región del Mato Grosso Goiano que fue ocupada por
grandes investidotes “una nueva sociedad campecina de hacienderos
y agricultores” según dice la encuesta de Brandão
(1985, p. 86). Eso es una area cuya promesa de fertilización
estaba largamente pregonada en las hablas de los goviernos
federales y estaduales y que por tal hecho se traje una gran
cantidad de campecinos del Estado de Minas Gerais y del
interior de Goiás cuyos procesos de migración se pasó a
lo largo de las décadas de 1940 y 1960. Son poblaciones
de famílias de pequeños ex dueños y de no dueños e tierra,
ya que por tal hecho “más móbiles”; generaciones enteras
de los miembros de hacienda , los cuales vivieron durante
toda la vida, medianos y alquilantes. Son pueblos dueños de
cocimientos que aparten de lo místico de la fertilidad/abundancia/
riqueza campencinas, ya inexistentes, en canstante
contradición. Así, se quedan en médio del camino de un proceso
que se realiza pero que no extingue las posibilidades de
recrianza de la manera de la vida del campesino.