PRECIPITAÇÃO E PERDA DE SEDIMENTOS NA ENCOSTA ITAGIBA, ZONA NORTE DE SANTA MARIA - RS

Ano: 2013 | Volume: 35 | Número: Especial

Autores: Rodrigo Diniz Marques, Mauro Kumpfer Werlang

Palavras-chave: precipitação;perda de sedimentos; vertente; opossequência

Resumo Português:

As ocupações em áreas de risco nas cidades brasileiras decorrem principalmente por processo de segregação social e gestão do espaço. No município de Santa Maria-RS, também há ocupações em áreas de risco. Uma dessas áreas é a Encosta Itagiba, localizada no bairro Chácara das Flores, zona norte da cidade. O traçado da ferrovia Santa Maria–Uruguaiana projetado pelo Consorcio Belga, em 1890 promoveu alteração na vertente norte da Vila Kennedy. Ao modificar a conformação da paisagem, o seccionamento da vertente, trouxe modificação na topografia. Nesse sentido o trabalho visa contribuir para o entendimento dos processos erosivos na encosta e estabelecer a relação entre a precipitação e a perda total de sedimentos. Para isso foi monitorado durante um período de dois anos o volume de precipitação e o total de sedimentos removidos a cada evento de precipitação. Para essa avaliação considerou-se a característica dos volumes pedológicos superficiais na área da Encosta Itagiba, quanto a textura e limites de consistência. Ao longo de uma topossequência foi também avaliado o coeficiente de infiltração. Os resultados mostraram haver uma correlação positiva entre o volume de precipitação e a perda de sedimentos. Houve maior volume de perdas nos volumes pedológicos com maior teor de silte. O coeficiente de infiltração diminuiu com o aumento da profundidade numa relação direta com o aumento do teor de argila e aumento da plasticidade. A avaliação da topossequência permite concluir que a partir do aumento da profundidade há o incremento dos fluxos horizontais e a conformação do perfil da vertente é controlada a partir desse processo.