Prevalência de Streptococcus agalactiae em amostras de urina e secreção vaginal de gestantes

Revista Brasília Médica

Endereço:
SCES Trecho 3 - AMBr - Asa Sul
Brasília / DF
70200003
Site: http://www.rbm.org.br/
Telefone: (61) 2195-9710
ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Prevalência de Streptococcus agalactiae em amostras de urina e secreção vaginal de gestantes

Ano: 2024 | Volume: 62 | Número: Não se aplica
Autores: Tatiana Elias Colombo, Ligia Consentino Junqueira Franco Spegiorin, Higor de Queiroz Gonçalves, Livia Bertozzi, Wagner Vicensoto, Maria Gabriela de Lucca Oliveira
Autor Correspondente: Tatiana Elias Colombo | [email protected]

Palavras-chave: STREPTOCOCCUS AGALACTIAE, URINA, GESTANTES

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Realizar um levantamento sobre a ocorrência e o perfil de suscetibilidade antimicrobiana dos isolados de Streptococcus agalactiae em gestantes que procuram atendimento médico em um complexo hospitalar terciário no município de São José do Rio Preto (SP). Métodos: Foram estudadas as seguintes variáveis de acordo com as informações contidas no prontuário eletrônico: sociodemográficas, dados clínicos, atendimento e dados do laboratório (cultura de urina, cultura de secreção anal e vaginal e teste de sensibilidade aos antimicrobianos).
RESULTADOS: Das 195 gestantes cujo rastreamento para Streptococcus agalactiae foi realizado no período entre janeiro de 2020 a janeiro de 2022, os dados coletados no prontuário eletrônico forneceram uma positividade de 65% (N = 127) para Streptococcus agalactiae. No total foram realizadas 174 culturas de urina e 22 culturas de secreção anal e vaginal, sendo 71% (123/174) e 23% (5/22) das culturas, respectivamente positivas para Streptococcus agalactiae. Com relação ao perfil de sensibilidade dos microrganismos isolados, 100% (N = 196) se mostraram sensíveis aos antimicrobianos amoxicilina, cefepima, ceftriaxona, linezolida, penicilina e vancomicina. Porém, algumas cepas (N = 13) apresentaram grau intermediário e de resistência frente aos antimicrobianos azitromicina, clindamicina, eritromicina e levofloxacina.
CONCLUSÃO: As frequências de positividade para Streptococcus agalactiae e seu perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos ressaltam a importância da triagem para detecção microbiológica dessa bactéria durante a gestação e o início da antibioticoprofilaxia quando indicada, demonstrando a necessidade de adequar a prática de acompanhamento pré-natal às recomendações vigentes.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: To carry out a survey on the occurrence and antimicrobial susceptibility profile of Streptococcus agalactiae isolates in pregnant women seeking medical care at a tertiary hospital complex in the city of São José do Rio Preto (SP). Methods: The following variables were studied according to the information contained in the electronic medical record: sociodemographic, clinical data, care and laboratory data (urine culture, culture of anal and vaginal secretion, and antimicrobial susceptibility test).
RESULTS: Of the 195 pregnant women whose screeningfor Streptococcus agalactiae was carried out in the period between January 2020 and January 2022, the data collected in the electronic medical record provided a positivity of 65% (N = 127) for Streptococcus agalactiae. In total, 174 urine cultures and 22 cultures of anal and vaginal secretions were performed, with 71% (123/174) and 23% (5/22) of the cultures, respectively, positive for Streptococcus agalactiae. Regarding the sensitivity profile of the isolated microorganisms, 100% (N = 196) were sensitive to the antimicrobials amoxicillin, cefepime, ceftriaxone, linezolid, penicillin and vancomycin. However, some strains (N = 13) showed an intermediate-level resistance against the antimicrobials azithromycin, clindamycin, erythromycin and levofloxacin.
CONCLUSION: The frequencies of Streptococcus agalactiae positivity and its antimicrobial susceptibility profile highlight the importance of screening for microbiological detection of this bacterium during pregnancy and the initiation of antibiotic prophylaxis when indicated, demonstrating the need to adapt the practice of prenatal care to the current recommendations.