Prevalência e fatores associados à síndrome metabólica em usuários de Unidades Básicas de Saúde em São Paulo – SP

Revista Da Associação Médica Brasileira

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Telefone: (11) 3178 6802
ISSN: 1044230
Editor Chefe: Bruno Caramelli
Início Publicação: 31/12/1957
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Medicina

Prevalência e fatores associados à síndrome metabólica em usuários de Unidades Básicas de Saúde em São Paulo – SP

Ano: 2012 | Volume: 58 | Número: 1
Autores: Maria Paula Carvalho Leitão, Ignez Salas Martins
Autor Correspondente: Maria Paula Carvalho Leitão | [email protected]

Palavras-chave: Fatores socioeconômicos, centros de saúde, atenção primária à saúde, diabetes mellitus tipo, estresse psicológico, dislipidemias.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Determinar a relação da síndrome metabólica (SM) com o nível socioeconômico,
hábitos comportamentais, condições de saúde, antecedentes familiares de morbidades e áreas
de residência. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal. A amostra aleatória foi
constituída por usuários de duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo — Jardim
Comercial (UBS1) e Jardim Germânia (UBS2) —, totalizando 452. Para o diagnóstico
de SM utilizou-se o critério do Third Report of the National Cholesterol Education Program
Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults
(NCEP–ATP III). Na avaliação antropométrica foram aferidas medidas de peso, estatura, circunferências
abdominal e do quadril. Foi utilizado questionário geral para obtenção de dados
sociodemográficos, socioeconômicos, antecedentes familiares e pessoais de morbidades, hábitos
comportamentais como tabagismo, etilismo e nível de atividade física. Foi estabelecida
associação entre as variáveis explicativas de interesse e SM, empregando-se a regressão logística
multivariada. Resultados: Na UBS1, o percentual de SM foi de 56,1% e na UBS2, de
34,0%. Houve associação direta e significativa entre SM e idade, sexo feminino, cor, tabagismo,
etilismo, nível de atividade física, estresse e antecedentes familiares de doença cardíaca e
de diabetes mellitus. A escolaridade apresentou associação inversa: morar no bairro de menor
nível socioeconômico aumentou a chance de SM. Conclusão: Os resultados sugerem que as
morbidades que compõem a SM são um grave problema de saúde pública nessa população.



Resumo Inglês:

Objective: To determine the relationship between metabolic syndrome (MS) and socioeconomic
level, life style, health status, family history of morbidity, and residence areas. Methods:
This is a cross-sectional cohort study. The random sample consisted of users of two primary
healthcare units (Unidades Básicas de Saúde - UBSs) in the city of São Paulo — Jardim
Comercial (UBS1), and Jardim Germânia (UBS2), a total of 452 subjects. The NCEP ATP III
criterion was used to diagnose MS. Weight, height, abdominal and hip circumferences were
measured for the anthropometric evaluation. A general questionnaire was used to obtain sociodemographic
and socioeconomic data; family history; medical history; behavioral habits
such as smoking, drinking, and physical activity. Multivariate logistic regression was used to
establish the association between explanatory variables of interest and MS. Results: At UBS1,
MS percentage was 56.1%; at UBS2, 34.0%. There was a direct and significant association between
MS and age, female gender, race, smoking, drinking, physical activity level, stress, and
family history of heart disease and diabetes mellitus. Education level showed an inverse association.
Subjects living in a lower socioeconomic level neighborhood had a higher MS risk.
Conclusion: The results suggest that the morbidities that compose MS are a serious public
health problem in that population.