QUANTO VALE UM TERRITÓRIO? MARCAS DO DESASTRE DE FUNDÃO NA PAISAGEM DE MARIANA
Revista Tamoios
QUANTO VALE UM TERRITÓRIO? MARCAS DO DESASTRE DE FUNDÃO NA PAISAGEM DE MARIANA
Autor Correspondente: C. S. Xavier | [email protected]
Palavras-chave: fundão; rompimento; mineração; paisagem; capital.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
No âmago dos debates que propõem discutir os efeitos das maquinações capitalistas sobre os territórios, estão sublinhados os desastres socio tecnológicos e ambientais que têm na estruturação sistêmica do capital sua principal origem. Não é incomum, apesar disso, que as análises dessas repercussões sejam desatentas aos reflexos intangíveis das imposições capitalistas ao redor do mundo. Neste artigo síntese da dissertação da autora pretendemos identificar, a partir do rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Vale Mineração S.A., da Samarco Mineração S.A. e da BHP Billiton – ocorrido em 05 de novembro de 2015 em Mariana-MG –, os custos materiais e imateriais da sobrevalorização de um modelo econômico fadado à autodestruição. Para tanto, teremos na Paisagem da Destruição o parâmetro de análise que permitirá, por meio de seu amadurecimento conceitual, compreender as consequências de um desastre-crime que perdura ao longo do tempo contrastando com a retomada econômico-produtiva dos agentes mineradores nos territórios atingidos.
Resumo Inglês:
At heart of the debates that propose to discuss the effects of capitalist machinations on territories, the socio technological and environmental disasters that have their main origin in the systemic structuring of capital are underlined. It is not uncommon, however, that analyzes of these repercussions are inattentive to the intangible reflexes of capitalist impositions around the world. In this article synthesis of the author's dissertation we intend to identify, from the rupture of the Fundão dam, owned by Vale Mineração S.A., by Samarco Mineração S.A. and BHP Billiton – which took place on November 5, 2015 in Mariana-MG –, the material and immaterial costs of overvaluing an economic model doomed to self-destruction. In order to do so, we will have in Landscape the parameter of analysis that will allow, through its conceptual maturation, to understand the consequences of a disaster-crime that lasts over time, contrasting with the economic-productive resumption of mining agents in the affected territory
