South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System?

Parágrafo:Revista Científica de Comunicação Social da FIAM-FAAM

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ISSN: 23174919
Editor Chefe: Rafael Grohmann
Início Publicação: 31/12/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

South Park: profanação crítica das celebridades ou mero ajuste cínico ao Star System?

Ano: 2013 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: E. F. Oliveira
Autor Correspondente: E. F. Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: South Park, sátira, desenho animado.

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Resumo Português:

Este artigo apresenta parte dos esforços empreendidos para análise da construção social contemporânea das celebridades, bem como o papel que elas exercem na civilização midiática. Para tanto, debruçamo-nos sobre o programa televisivo norte-americano South Park, uma animação que se dedica a caricaturá-las. Trabalhamos com a hipótese de que o ídolo é um simulacro que não resiste à profanação do humor. Nesse sentido, tomamos como principal referencial teórico-investigativo os conceitos de “dispositivo” e “profanação” de Giorgio Agamben, para quem a caricatura presente nos cartoons desvela o caráter humano e ordinário do ídolo, removendo o véu da fantasia que o sacraliza. Mas mobilizamos também, como outros operadores conceituais, o “real” lacaniano, uma vez que, por definição, ele não se deixa desprender nem do imaginário nem do simbólico e também a noção de sujeito cínico, conforme desenvolvido por Slavoj Žižek, o que nos leva a elaborar uma outra hipótese, a de que o engajamento na modalização profanatória do programa pode não ocorrer em razão justamente dessa recepção cínica por parte de sua audiência. O corpus selecionado para análise constitui-se de 71 episódios de 22 minutos de duração, selecionados dentre mais de 200 do referido programa, exibidos entre 1997 e 2011 e também o longa-metragem, South Park: maior, melhor e sem cortes (1999). A seleção recorta principalmente os episódios que se prestam particularmente ao que se pretende demonstrar.