Trajetória da rubéola no Estado do Pará, Brasil: rumo à erradicação

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Trajetória da rubéola no Estado do Pará, Brasil: rumo à erradicação

Ano: 2015 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Marluce Matos de Moraes, Ana Cecília Ribeiro Cruz, Dorotéa de Fátima Lobato da Silva, Fernanda do Espírito Santo Sagica, Elisabeth Conceição de Oliveira Santos
Autor Correspondente: Marluce Matos de Moraes | [email protected]

Palavras-chave: Rubéola, Síndrome da Rubéola Congênita, Vacina contra Rubéola, Erradicação de Doenças

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Descrever a trajetória da rubéola a partir do perfil soroepidemiológico de indivíduos referenciados ao Instituto Evandro Chagas (IEC) no período de 1989 a 2012, e comparar os resultados antes e após a introdução da vacina contra a rubéola no Estado do Pará, Brasil, pelo programa nacional de imunizações. Metodologia: Estudo retrospectivo com análise de resultados dos testes de dosagem de anticorpos IgG e IgM ao vírus da rubéola pelo método de ELISA em 50.439 indivíduos de diferentes faixas etárias, encaminhados ao IEC para investigação diagnóstica de doenças exantemáticas, nos períodos de 1989-1999 (antes da vacina) e 2000-2012 (após a vacina). Resultados: A prevalência da rubéola no estudo mostrou declínio significativo da infecção de 17,26% para 2,23% após o período vacinal; a frequência da imunidade aumentou de 48,30% para 79,39%; a suscetibilidade declinou de 34,54% para 18,38%. Gestantes infectadas: 9,3% no período anterior à vacinação e 0,6% após o período vacinal. Foram registrados 37 casos de síndrome da rubéola congênita (SRC) no período anterior à vacinação, e 11 casos após a vacinação. De 2010 a 2012 não foram registrados casos autóctones da doença e nem de SRC. Conclusão: O fortalecimento da vigilância epidemiológica, a capacitação de profissionais da área da saúde nos planos de erradicação com o serviço de sentinela, e as estratégias de campanhas de vacinação, com a introdução da vacina contra a rubéola no esquema de rotina, tiveram significativo impacto na redução dos casos de rubéola e SRC, contribuindo para a erradicação.



Resumo Inglês:

Objective: To describe the rubella trajectory using seroepidemiological profile of individuals referred to Instituto Evandro Chagas (IEC) between 1989 and 2012, and to compare the results before and after rubella vaccine introduction in Pará State, Brazil, through the National Immunization Program. Methods: Retrospective study analyzing the results of tests for detection of IgG and IgM antibodies to rubella virus by ELISA method in 50,439 individuals from different age groups, who were directed to IEC for diagnosis of exanthematous diseases in 1989-1999 (before the vaccine), and 2000-2012 (after the vaccine). Results: The rubella prevalence in this study presented a relevant decrease in infection from 17.26% to 2.23% after the vaccination period; immunity frequency increased from 48.30% to 79.39%; susceptibility was reduced from 34.54% to 18.38%. Infected pregnant women were 9.3% before the vaccination period and 0.6% after the vaccination period. A total of 37 cases of congenital rubella syndrome (CRS) were recorded in the prevaccination period, and 11 after it. From 2010 to 2012, there were no records of autochthonous cases of either that disease or CRS. Conclusion: Strengthening of epidemiological surveillance, training for health professionals in eradication plans with monitoring services, and vaccination strategies with the introduction of rubella vaccine in the routine schedule had a great impact on reducing rubella and CRS cases, contributing to eradication.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Describir la trayectoria de la rubéola a partir del perfil seroepidemiológico de individuos referenciados al Instituto Evandro Chagas (IEC) en el período de 1989 a 2012, y comparar los resultados antes y después de la introducción de la vacuna antirrubéola en el Estado de Pará, Brasil, por el programa nacional de inmunizaciones. Metodología: Estudio retrospectivo con análisis de resultados de las pruebas de dosis de anticuerpos IgG e IgM al virus de la rubéola por el método de ELISA en 50.439 individuos de diferentes franjas etarias, encaminados al IEC para investigación diagnóstica de enfermedades exantemáticas, en los períodos de1989-1999 (antes de la vacuna) y 2000-2012 (después de la vacuna). Resultados: La prevalencia de la rubéola en el estudio mostró una disminución significativa de la infección de 17,26% para 2,23% luego del período de vacunación; la frecuencia de la inmunidad aumentó de 48,30% para 79,39%; la susceptibilidad disminuyó de 34,54% para 18,38%. Gestantes infectadas: 9,3% en el período anterior a la vacunación y 0,6% después del período de vacunación. Registrados 37 casos de síndrome de rubéola congénita (SRC) en el período anterior a la vacunación, y 11 casos luego de la vacunación. De 2010 a 2012 no se registraron casos autóctonos de la enfermedad, ni tampoco de SRC. Conclusión: El fortalecimiento de la vigilancia epidemiológica, la capacitación de profesionales del área de salud en los planes de erradicación con el servicio de centinela, las estrategias de campañas de vacunación con la introducción de la vacuna antirrubéola en el esquema de rutina tuvieran un significativo impacto en la reducción de los casos de rubéola y SRC, contribuyendo para la erradicación.