Paisagem e percepção socioambiental em áreas de várzeas urbanizadas, Belém -Pará

Nova Revista Amazônica

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ISSN: 2318-1346
Editor Chefe: César Augusto Martins de Souza
Início Publicação: 01/01/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Paisagem e percepção socioambiental em áreas de várzeas urbanizadas, Belém -Pará

Ano: 2019 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: Viviane Corrêa Santos, Márcia Aparecida da Silva Pimentel, Carla Cristina de Azevedo Sadeck, Aline Maria Meiguins de Lima
Autor Correspondente: V. C. Santos | [email protected]

Palavras-chave: espaço urbano, bacias hidrográficas, vulnerabilidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As várzeas são áreas importantes no contexto da paisagem amazônica. A sua ocupação remete à história dos primeiros grupos humanos na região. O processo de ocupação urbana, na sua história mais recente, tem modificado a dinâmica dessa unidade especialmente no seu sistema hidrológico, que passa a se readequar aos padrões de urbanização. O objetivo deste trabalho é discutir as propostas para o ordenamento urbano em áreas de várzea no município de Belém (PA), a partir da percepção das comunidades sobre o processo de reconstrução da paisagem. Os procedimentos metodológicos utilizados referiram-se inicialmente à revisão de literatura sobre os conceitos e materiais técnicos utilizados. Posteriormente, foram aplicados questionários, com questões abertas e fechadas, para os moradores que residem nessas áreas. Os resultados forneceram informações para compilação de material cartográfico e enfatizaram a percepção das questões sociais e ambientais apresentadas pelas comunidades. Para discussão dos dados foi utilizada a análise hierárquica desenvolvida no software Expert Choice. Como conclusão, considera-se que os instrumentos técnicos relevantes para demonstrar a relação entre as respostas obtidas e levou à constatação de que, geralmente, os planejadores urbanos ainda persistem em propor projetos sociais que desconsideram a diversidade cultural dos moradores. Ressalta-se que percepção da paisagem expressa todo um significado social que só é sentido por aqueles que a vivem e tem sua história como herança de vida. Assim, as ações de gestão e planejamento devem ser incorporadas nesta lógica, devendo-se questionar até que ponto a manutenção de determinadas condições não amplia a vulnerabilidade socioambiental de uma comunidade.



Resumo Inglês:

The floodplains are important areas in the context of the Amazonian landscape. The urban occupation process, in its most recent history, has modified the dynamics of this unit especially in its hydrological system, which is now adapted to urbanization patterns. The bjective of this work is to discuss the proposals for urban planning in floodplain areas in the city of Belém (PA), based on the communities' perception of the process of landscape reconstruction. The methodological procedures used initially referred to the literature review on the concepts and technical materials used. Subsequently, questionnaires, with open and closed questions, were applied to residents living in these áreas. The results provided information for the compilation of cartographic material and emphasized the perception of social and environmental issues presented by the communities. For discussion of the data, the hierarchical analysis developed in the Expert Choice software was used. As a conclusion, it is considered that the technical instruments were of significant relevance to demonstrate the relationship between the answers obtained and led to the finding that, generally, urban planners still persist in proposing social projects that disregard the cultural diversity of the residents. It is emphasized that perception of the landscape expresses a whole social meaning that is only felt by those who live it and has its history as inheritance of life. Thus, management and planning actions should be incorporated into this logic, and it should be asked to what extent the maintenance of certain conditions does not increase the socio-environmental vulnerability of a community.