A CAPA DO LIVRO PARADIDÁTICO: DISCURSOS EDITORIAL E DIDÁTICO EM UMA OBRA DA FTD


A CAPA DO LIVRO PARADIDÁTICO: DISCURSOS EDITORIAL E DIDÁTICO EM UMA OBRA DA FTD

Ano: 2019 | Volume: 9 | Número: 17
Autores: F. F. GRANATO; M. N. SCHWARTZMANN
Autor Correspondente: F. F. GRANATO | [email protected]

Palavras-chave: Discurso. Prática Editorial. Prática Didática. Livro Paradidático. Semiótica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Admitindo o fato de que, grosso modo, uma obra de caráter paradidático deva valerse de procedimentos semióticos diversos que promovam a aproximação entre enunciador e enunciatário-leitor, podemos inferir igualmente que a sua capa é um dos elementos que mais claramente evidencia esse processo de aproximação. A capa, assim, pode ser entendida como a materialização de um ponto de contato entre um enunciador complexo, construído graças à projeção de valores editoriais, científicos e didáticos, e um enunciatário-leitor pressuposto, marcado, por sua vez, por valores editoriais, escolares e mercadológicos, em outras palavras, como o lugar da própria realização do contrato fiduciário. Partindo desse pressuposto, e elegendo os paratextos capa, orelhas e contracapa da obra ‘O poeta que fingia’, nosso objetivo é analisar as estratégias discursivas e os recursos verbo-visuais que modalizam o enunciatário-leitor por um querer fazer, reconhecido, no nível do discurso, como um querer ler. Para dar conta desse objetivo, nos apoiaremos nos pressupostos da semiótica discursiva, das contribuições de uma semiótica plástica e da reflexão sobre os níveis de pertinência da análise semiótica, como proposta por Jacques Fontanille, e, de outro lado, das reflexões de Gérard Genette sobre a noção de paratexto editorial.