A agricultura familiar carrega a promessa de adotar práticas agrícolas e contribuir para a soberania e segurança alimentar e nutricional. A saúde dos agricultores é condicionada por fatores sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais relacionados ao perfil de produção e consumo, além dos riscos de natureza físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos presentes nos processos de trabalho. Objetiva caracterizar o perfil de saúde e nutrição de agricultores familiares de Teresina – PI, na perspectiva de identificar e prevenir possíveis riscos no grupo. A Metodologia consiste de um estudo de caso descritivo e transversal, realizado em uma zona rural de Teresina. Participaram agricultores familiares de ambos os gêneros, com idade acima de 20 anos, que trabalhavam na horta há, pelo menos, quatro meses. Para a coleta de dados realizou-se entrevista, que envolveu aspectos socioeconômicos, estilo de vida, situação de saúde autor referida, avaliação do consumo alimentar e antropometria. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do Uninovafapi (nº 2.534.540). Participaram 20 agricultores familiares, 50% de cada sexo, a maioria percebiam-se de cor parda e tinham idade entre 40 a 59 anos. Quanto às condições de saúde, pouco mais da metade consideraram o estado de saúde de ruim a regular e não praticavam atividade física; pouca prevalência de fumantes. Sobre o tempo de trabalho na horta, variou de 01 a 20 anos. A maior parte consideraram as condições de trabalho de boa/ótima e, todos referiram estar satisfeitos/muito satisfeitos trabalhando nessa área. O estado nutricional mais prevalente entre os agricultores adultos foi o excesso de peso, sendo maior entre os homens. Já nos idosos, foi identificada a prevalência maior nas mulheres. O risco elevado para doenças metabólicas e cardiovasculares estava presente em ambas faixas etárias, sendo maior entre os idosos; o risco muito elevado foi identificado apenas nas mulheres adultas. Em relação ao consumo alimentar, 95% dos agricultores consomem alimentos in natura, e, 25% consomem alimentos ultraprocessados.
Family farming holds the promise of adopting agricultural practices and contributing to food and nutritional sovereignty and security. Farmers' health is conditioned by social, economic, technological and organizational factors related to the production and consumption profile, as well as the physical, chemical, biological, mechanical and ergonomic risks present in work processes. The objective is to characterize the health and nutrition profile of rural family farmers in Teresina – Piauí, from the perspective of identifying and preventing possible risks in the group. Methodology: Descriptive and cross-sectional case study conducted in a rural Teresina area. Family farmers of both genders, aged over 20 years, who had been working in the garden for at least four months, participated. For data collection, an interview was conducted, which involved socioeconomic aspects, lifestyle, self-reported health status, food intake assessment and anthropometry. Data were processed in the Spreadsheet Program and presented with descriptive statistics. The study was approved by the Ethics Committee of Uninovafapi (No. 2,534,540). Twenty family farmers participated in the survey. Of these, they were 50% of each sex, most of them perceived to be brown and were aged between 40 and 59 years. As for health conditions, just over half considered their health status from poor to regular and did not practice physical activity; low prevalence of smokers. About working time in the garden, it varied from 01 to 20 years. Most considered the working conditions good/great and all reported being satisfied / very satisfied working in this area. The most prevalent nutritional status among adult farmers was overweight, being higher among men. In the elderly, the higher prevalence was identified in women. The high risk for metabolic and cardiovascular diseases was present in both age groups, being higher among the elderly; The very high risk was identified only in adult women. Regarding food consumption, 95% of farmers consume fresh foods, and 25% consume ultra-processed foods. The survey provided insight into the health and nutrition profile of a small portion of Teresina family farmers. Note at the end that it is a large area, but little studied.
La agricultura familiar promete adoptar prácticas agrícolas y contribuir a la soberanía y seguridad alimentaria y nutricional. La salud de los agricultores está condicionada por factores sociales, económicos, tecnológicos y organizativos relacionados con el perfil de producción y consumo, así como por los riesgos físicos, químicos, biológicos, mecánicos y ergonómicos presentes en los procesos de trabajo. Tiene como objetivo caracterizar el perfil de salud y nutrición de los agricultores familiares en Teresina - PI, desde la perspectiva de identificar y prevenir posibles riesgos en el grupo. La Metodología utilizada fue el estudio de caso descriptivo y transversal realizado en una zona rural de Teresina. Participaron agricultores familiares de ambos sexos, mayores de 20 años, que habían trabajado en el campo durante al menos cuatro meses. Para la recopilación de datos, se realizó una entrevista que incluyó aspectos socioeconómicos, estilo de vida, estado de salud autoinformado, evaluación de la ingesta de alimentos y antropometría. La investigación fue aprobada por el Comité de Ética de Uninovafapi (nº 2.534.540). Veinte agricultores familiares participaron en la encuesta, 50% de cada sexo, la mayoría de ellos percibidos como marrones y tenían entre 40 y 59 años. En cuanto a las condiciones de salud, poco más de la mitad consideró su estado de salud de pobre a regular y no practicó actividad física, teniendo también baja prevalencia de fumadores. Sobre el tiempo de trabajo en el campo, varió de 01 a 20 años. La mayoría consideró que las condiciones de trabajo eran buenas / excelentes y todos informaron que estaban satisfechos / muy satisfechos trabajando en esta área. El estado nutricional más frecuente entre los agricultores adultos fue el sobrepeso, siendo mayor entre los hombres. En los ancianos, la mayor prevalencia se identificó en las mujeres. El alto riesgo de enfermedades metabólicas y cardiovasculares estuvo presente en ambos grupos de edad, siendo mayor entre los ancianos; el riesgo muy alto se identificó solo en mujeres adultas. Con respecto al consumo de alimentos, el 95% de los agricultores consumen alimentos frescos y el 25% consume alimentos ultraprocesados.
