Este artigo explora como a espacialidade evangelical de um pastor sênior asiático canadense, em uma congregação anglo-saxônica histórica, tem se transformado de uma igreja etnicamente homogênea e envelhecida para uma mais heterogênea em uma tradição protestante evangelical. Este trabalho desafia o saber tradicional do movimento de crescimento de igrejas e da nova economia religiosa na sociologia da religião; em que ambos aconselham grupos religiosos a se constituírem de forma homogênea e consensual, com o fim de atingirem crescimento numérico em face das forças secularizantes. O presente artigo defende, ao contrário, que a espacialidade evangelical do pastor Ken Shigematsu, de meados de 1990 até o presente, deve ser entendida como uma conjunção teológica da diferença em uma igreja dada a ele por Deus; e sobre qual o mesmo devotamente pastoreia juntamente com sua equipe. Este trabalho entende a espacialidade evangelical de Shigematsu através da sua própria exegese do Novo Testamento, da sua filiação a Aliança Missionária Cristã, das suas antigas práticas espirituais de hospitalidade indiscriminada, e da sua recepção mística na Tenth como um espaço de acolhimento para a multiplicidade étnica, de classe e de backgrounds religiosos. Este artigo contribui para os estudos sobre Cristianismo Asiático Canadense desencorajando um futuro em que igrejas pan-asiáticas no Canadá são homogeneamente construídas e explorando uma possibilidade concreta de não-estratégias em que espaços heterogêneos e complexos, que incluem asiáticos canadenses, são recebidos por pastores e estudados por acadêmicos como uma dádiva divina.
This paper explores how the evangelical spatiality of an Asian Canadian senior pastor at a historically Anglo-Saxon congregation has transformed it from an ethnically homogeneous, aging church to a heterogeneously-constituted gathering in an evangelical Protestant tradition. This piece challenges the conventional wisdom of the church growth movement and the new religious economics in the sociology of religion, both of which advise religious groups to construct homogeneity and consensus in efforts for numerical growth over against secularizing forces. The paper argues instead that Pastor Ken Shigematsu’s evangelical spatiality from the mid-1990s to the present must be understood as a theological embrace of difference in a church gifted to him by God over which he prayerfully pastors along with his staff. This paper understands Shigematsu’s evangelical spatiality through his own New Testament exegesis, his denominational affiliation with the Christian and Missionary Alliance, his ancient spiritual practices of indiscriminate hospitality, and his mystical reception of Tenth as a welcoming space toward a multiplicity of ethnic, class, and religious backgrounds. This article contributes to Asian Canadian Christian studies by discouraging a future where panAsian churches in Canada are homogeneously constructed and by exploring the concrete possibility of non-strategies in which heterogeneous, complex spaces that include Asian Canadians are received by pastors and studied by academics as a divine gift.
