Este trabalho identifica algumas contribuições teóricas do pensamento latino-americano “forte” para compreender o Estado capitalista, bem como os elementos que podem contribuir para a compreensão das transformações do Estado durante a globalização neoliberal. Para tanto, recorremos a aspectos da Teoria da Dependência que abordaram as especificidades do Estado e do capitalismo na região, bem como as contribuições de pensadores como Kaplan e Zavaleta sobre os debates de Nikos Poulantzas sobre o Estado capitalista. Por fim, destacam-se críticas a essa corrente de pensamento por parte dos estudiosos do Estado e do Capitalismo Global, considerando que, embora seja necessário repensar a rigidez de categorias como o Norte e o Sul, o legado do pensamento latino-americano “forte” continua a representar uma contribuição vigorosa para entender as transformações do Estado capitalista na América Latina durante a globalização.
This paper identifies some theoretical contributions made by the “strong” Latin American thought in order to comprehend the capitalist State, as well as those elements that can contribute to the understanding of State transformations during the neoliberal globalization. To this end, we turn to aspects from Dependency Theory which addressed the specificities of the State and capitalism in the region, as well as the contributions made by thinkers such as Kaplan and Zavaleta regarding the debates prompted by Nikos Poulantzas on the capitalist State. Finally, criticisms made to this current of thought by scholars of the State and Global Capitalism are highlighted, considering that although it is necessary to rethink the rigidity of categories such as the North and the South, the legacy of “strong” Latin American thought continues to represent a vigorous contribution to understanding the transformations of the capitalist State in Latin America during globalization.
El presente artículo identifica los aportes teóricos que el “pensamiento fuerte” latinoamericano realizó en aras de comprender el Estado capitalista, así como los elementos de dicha tradición que pueden contribuir al entendimiento de las transformaciones estatales que ha implicado la globalización neoliberal. Para ello, se recurre a aspectos de la teoría de la dependencia que abordaron las especificidades del Estado y el capitalismo en la región, así como a los aportes realizados por pen-sadores como Kaplan y Zavaleta a propósito de los debates planteados por Nikos Poulantzas sobre el Estado capitalista. Por último, se resaltan críticas realizadas a esta corriente de pensamiento por parte de estudiosos del Estado y el capitalismo global, destacando que si bien es necesario replantear la rigidez de categorías como el Norte y el Sur, su legado sigue representando un aporte vigoroso para entender las transformaciones del Estado capitalista en América Latina durante la globalización.
