Nos últimos anos, a figura das mulheres como vices ganhou visibilidade no cenário político brasileiro. Esse destaque ocorreu, sobretudo, após o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2014, quando seu vice assumiu a presidência do país. Identificamos que, nas eleições seguintes, houve um aumento significativo de candidaturas de mulheres como vices nas chapas eleitorais, seja a nível nacional, estadual ou municipal. Partindo desse cenário, investigamos qual a posição ocupada pelas vices, observando os dados produzidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e esboçando uma análise sobre esse fenômeno na representação política feminina. Dentre os resultados, observamos que, após o impeachment, passa a ser estratégico para o campo conservador amealhar candidatas mulheres representativas de sua visão de mundo, ou seja, no sentido ostensivo de combater o que tais setores classificam como abordagens feministas.
In our last years, the figure of women as vices gained more visibility in the Brazilian political scene. This highlight occurs, above all, after the impeachment process against Dilma Rousseff (PT) in 2014, when her vice assumed the presidency of the country. We identified that in the following elections there was a significant increase in women's candidacies as vices on electoral lists, whether at the national, state or municipal level. Based on this scenario, we investigate the position occupied by the vices, observing data obtained by the Superior Electoral Court and outlining an analysis of this “phenomenon” in female political representation. Among the results, we observed that after the impeachment it becomes strategic for the conservative field to recruit women candidates representing their vision of the world, that is, in the ostensible sense of combating what these sectors classify as feminist approaches.
En los últimos años, la figura de las mujeres como vices ganó más visibilidad en el escenario político brasileño. Ese destaque ocurrió, sobre todo, después del proceso de impeachment de Dilma Rousseff (PT) en 2014, cuando su vice asumió la presidencia del país. Identificamos que en las elecciones siguientes hubo un aumento significativo de las candidaturas de mujeres cómo vices en las fórmulas electorales, sea a nivel nacional, provincial o alcaldía. Partiendo de ese escenario, investigamos cual el rol ocupado por las vices, mirando los datos producidos por la Corte Superior Electoral y esbozando un análisis sobre ese “fenómeno” en la representación política femenina. Entre los resultados, observamos que después del impeachment se convierte estratégico para el campo conservador acumular candidatas mujeres representativas de su visión de mundo, o sea, en el sentido ostensivo de combatir lo que tales sectores califican como abordajes feministas.
