Ser menino negro: uma análise em livros de literatura infantil

Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade

Endereço:
Rua Silveira Martins - Cabula
Salvador / BA
41150-000
Site: http://[email protected]
Telefone: (91) 9804-9827
ISSN: 2358-0194
Editor Chefe: Elizeu Clementino de Souza
Início Publicação: 09/02/2021
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

Ser menino negro: uma análise em livros de literatura infantil

Ano: 2021 | Volume: 30 | Número: 62
Autores: Tarcia Regina da Silva , Ernani Martins dos Santos
Autor Correspondente: Tarcia Regina da Silva | [email protected]

Palavras-chave: literatura infantil; relações étnico-raciais; masculinidade negra; Educação Infantil.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como foco a análise de livros de literatura infantil que têm como protagonistas meninos negros. Dessa maneira, analisamos os livros:

O Menino Nito: Então, Homem Chora ou Não?, de Sonia Rosa (2002); Minha Mãe é Negra Sim,de Patricia Santana (2008); Minha Família é Colorida , de Georgina Martins (2005); Chico  Juba ,  escrito  por  Gustavo  Gaivota  (2011);  e  Cabelo  de  Mola , de  Alexsander  Rezende  (2012).  Partimos do pressuposto que  no  campo  das  relações étnico-raciais há questões de gênero que precisam ser estudadas. Ser menino e negro é diferente de ser menina e negra. Assim, a partir do conceito de masculinidades negras buscamos retratar nas narrativas os elementos que fortalecem e desconstroem os estereótipos associados à identidade de meninos e negros, desde a infância.  Os dados evidenciaram a importância de atentar para as construções discursivas que reforçam estereótipos, desde a infância, de meninos e negros como brutos, pouco inteligentes e servis, e, ainda, fortalecem o mito da democracia racial.



Resumo Inglês:

This paper focuses on the analysis of children’s literature books that have black boys as their protagonists. Thus, we analyzed the books: O Menino Nito: Então, Homem  Chora  ou  Não?  (The  boy  Nito:  So,  does  a  man  cry  or  not?)  by  Sonia Rosa (2002); Minha Mãe é Negra Sim  (My mother is black) by Patricia Santana (2008); Minha Família é Colorida  (My family is colorfully) by Georgina Martins (2005); Chico  Juba   by  Gustavo  Gaivota  (2011);  and  Cabelo  de  Mola   (Spring  Hair) by Alexsander Rezende (2012). We start from the assumption that in the field of ethno-racial relations there are gender issues that need to be studied. Being a boy and black is different from being a girl and black. Thus, based on the concept of black masculinities, we sought to portray in the narratives the elements that strengthen and deconstruct the stereotypes associated with the identity of boys and black men, since childhood. The data showed the importance of paying attention to the discursive constructions that reinforce stereotypes, from childhood, of boys and black men as brutes, not very intelligent, servile, and also strengthen the myth of racial democracy.



Resumo Espanhol:

Este artículo se centra en el análisis de libros de literatura infantil que tienen como protagonistas a niños negros. Así, analizamos los libros: O Menino Nito: Então,  Homem  Chora  ou  Não?   (El  niño  Nito:  Entonces,  ¿un  hombre  llora  o  no?)  de  Sonia  Rosa  (2002);  Minha  Mãe  é  Negra  Sim   (Mi  madre  es  negra)  de  Patricia  Santana  (2008);  Minha  Família  é  Colorida   (Mi  familia  está  escrita  de  manera colorida) escrito por Georgina Martins (2005); Chico Juba  escrito por Gustavo  Gaivota  (2011);  y  Cabelo  de  Mola   (Cabello  con  rizos)  de  Alexsander Rezende  (2012).  Partimos  de  la  base  de  que  en  el  ámbito  de  las  relaciones  étnico-raciales existen cuestiones de género que deben ser estudiadas. Ser un chico y negro es diferente a ser una chica y negra. Así, a partir del concepto de masculinidades  negras  se  busca  retratar  en  las  narrativas  los  elementos  que fortalecen y deconstruyen los estereotipos asociados a la identidad de los niños y de los negros, desde la infancia. Los datos mostraron la importancia de prestar atención a las construcciones discursivas que refuerzan los estereotipos, desde la infancia, de los niños y de los negros como brutos, poco inteligentes, serviles y también refuerzan el mito de la democracia racial