Vossas Excelências, vocês ficaram ofendidos?


Vossas Excelências, vocês ficaram ofendidos?

Ano: 2020 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: Juliana Batista do Prado, Elza Kioko Nakayama Nenoki do Couto
Autor Correspondente: Juliana Batista do Prado | [email protected]

Palavras-chave: Argumentação, Direito, Formas de tratamento, Interação comunicativa

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A variação nas formas de tratamento da segunda pessoa do discurso dá margem a várias discussões (ainda) hoje. Com o conhecimento das bases teóricas que fundamentam a visão da ecologia da interação comunicativa (COUTO, 2014), este trabalho discute – sob a perspectiva do ecossistema social da língua – estratégias argumentativas e interacionais utilizadas por profissionais do Direito para justificar o uso de formas de tratamento em uma sentença judicial disponibilizada em sítios da internet e, em outro caso, durante uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF). Com base no arcabouço teórico proposto por Couto et al. (2016), a partir de uma perspectiva multimetodológica, embasada na Linguística Ecossistêmica Crítica (LEC), nas perspectivas das teorias da Sociolinguística Interacional, com autores como Kerbrat-Orecchioni (2006), Irvine (1978) Grácio (2010), Blommaert (2014), Ochs (1979), Levinson (1992), que envolvem conceitos sobre argumentação e da Análise da Conversação, o corpus foi analisado especificamente na parte recortada exposta em alguns sites de notícias – como Exame, Terra e Época – e plataformas de compartilhamento de conteúdos digitais – como Instagram e Twitter. A orientação metodológica é qualitativa, documental e bibliográfica, com coleta de dados de domínio público (meio virtual). A análise do corpus contempla resultados embasados em conceitos da área como diversidade, (des)harmonia, adaptação na linguagem, comunhão e sofrimento social – este último causado, principalmente, pela repercussão das críticas no meio virtual.



Resumo Inglês:

The variation in the forms of treatment of the second person speech gives rise to several discussions (still) today. With the knowledge of the theoretical bases that support the view of the ecology of communicative interaction (COUTO, 2014), this article discusses - from the perspective of the social ecosystem of language - argumentative and interactional strategies used by law professionals to justify the use of forms of treatment in a judicial sentence available on websites and, in another case, during a session of the Supreme Federal Court. Based on the theory proposed by Couto et al. (2016), from a multi-methodological perspective, based on Critical Ecosystem Linguistics (LEC), in the perspectives of the theories of Interactional Sociolinguistics, with authors such as KerbratOrecchioni (2006), Irvine (1978) Grácio (2010), Blommaert (2014), Ochs (1979), Levinson (1992), which involve concepts about argumentation and Conversation Analysis, the corpus was analyzed specifically in the cropped part exposed in some news sites - such as Exame, Terra and Época - and platforms for sharing digital information - like Instagram and Twitter. The methodological guidance is qualitative, documentary and bibliographic, with data collection in the virtual public domain. The analysis of the corpus includes results based on concepts in the area such as diversity, (dis)harmony, adaptation in language, communion and social suffering - the latter caused, mainly, by the repercussion of criticism in the virtual environment.