Esse artigo propõe fazer uma análise das perspectivas historiográficas que indicam a continuidade histórica do diagnóstico do autismo para depois examinar enfoques críticos que consideram a origem social e cultural dessa patologia e apresentam o autismo como um objeto histórico. Por outro lado, serão utilizados os conceitos de Risco e Susceptibilidade como matrizes de inteligibilidade da problemática, especialmente em relação às “epidemias de autismo” a partir do aumento da prevalência desse diagnóstico nas últimas décadas nas sociedades ocidentais. Serão utilizados os conceitos de historicidade e construção social desse fenômeno para conseguir esclarecer os contextos culturais de interpretação e as práticas sociais em torno do autismo nos séculos XX e XXI.
This paper aims to analyze the historiographical perspectives that point a historical continuity in the diagnosis of autism and then look at critical approaches that take into account social and cultural origins of this pathology and designate autism as a historical object. On the other hand, the concepts of Risk and Susceptibility will be used as a grid of intelligibility of issue, especially with regard to the “autism epidemic” from the prevalence growth of this diagnosis in recent decades in western societies. The concepts of historicity and social construction of this phenomenon will be used to clarify the cultural contexts of interpretation and social practices around autism in the XX and XXI centuries.
Este artículo se propone hacer un análisis de las perspectivas historiográficas que señalan una continuidad histórica del diagnóstico de autismo para, a continuación, relevar enfoques críticos que tienen en cuenta los orígenes sociales y culturales de esta patología y plantean al autismo como un objeto histórico. Por otro lado, se utilizarán las nociones de Riesgo y Susceptibilidad como matrices de inteligibilidad de la problemática, en especial en relación con las “epidemias de autismo” a partir del crecimiento de la prevalencia de este diagnóstico en las últimas décadas en las sociedades occidentales. Se utilizará las nociones de historicidad y construcción social de este fenómeno para poder iluminar los contextos culturales de interpretación y las prácticas sociales alrededor del autismo en los siglos XX y XXI.