Este artigo analisa como a inclusão ou omissão de classificações de raça/etnia nos censos colombianos contribuíram para criar, legitimar e atualizar representações sobre as populações afro-colombianas, sobre o lugar da raça na sociedade e a natureza das relações sociais. Além de serem instrumentos da ciência estatística, os censos têm sido poderosos mecanismos estatais para apoiar projetos políticos onde a raça - com seus correlatos de etnicidade - tem sido central na construção da ordem social. Nas últimas décadas, os censos e as classificações raciais/étnicas deixaram o domínio exclusivo do Estado, para se tornarem um campo de disputa entre diversos atores sociais que os entendem como um instrumento político para orientar políticas multiculturais a favor dos afro-colombianos e construir novas narrativas sobre a nação colombiana.
Este articulo analiza cómo la inclusión u omisión de clasificaciones de raza/etnicidad en los censos colombianos, contribuyó a crear, legitimar y actualizar representaciones sobre las poblaciones afrocolombianas, sobre el lugar de la raza en la sociedad y la naturaleza de las relaciones sociales. Más allá de ser instrumentos de la ciencia estadística, los censos han sido poderosos mecanismos estatales para sustentar proyectos políticos donde la raza -con sus correlatos de etnicidad- ha sido central en la construcción del orden social. En décadas recientes, los censos y las clasificaciones raciales/étnicas han dejado el ámbito exclusivo del estado, para convertirse un campo de disputa entre diversos actores sociales que los entienden como un instrumento político para orientar las políticas multiculturales a favor de los afrocolombianos y construir nuevas narrativas sobre la nación colombiana.