Às expensas da intuição intelectual: para uma fundamentação da atividade da razão transcendental

Kant e-prints

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ISSN: 1677-163X
Editor Chefe: Daniel Omar Perez
Início Publicação: 01/01/2002
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Às expensas da intuição intelectual: para uma fundamentação da atividade da razão transcendental

Ano: 2013 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: L. C. Utteich
Autor Correspondente: L. C. Utteich | [email protected]

Palavras-chave: filosofia transcendental, coisa em si, idealismo transcendental, intuição intelectual, autoconsciência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Kant criticou incisivamente na Crítica da razão pura(1787) a tentativa de manter a noção de Intuição intelectual como válida ao procedimento moderno da argumentação científica. Num sentido inequívoco a pressuposição desse tipo de Intuição como conhecimento intelectual e imediato dos objetos antes descurava das reais condições humanas limitadas de conhecimento, dependente de atos de síntese para constituir objetos. Num roteiro argumentativo diferente, do ponto de vista da sistematização da razão transcendental, Fichte concede na Doutrina da Ciência(1794) e na Segunda Introdução à Doutrina da Ciência (1797)uma atividade à Intuição intelectual, não para uma vinculação intelectual imediata do sensível, mas para evidenciar os atos originários da reflexão do eu (Apercepção), enquanto constituidores do sistema da Filosofia transcendental. Expomos a diferença de registro nas concepções kantiana e fichtiana da noção de Intuição intelectual.



Resumo Inglês:

Kant pointedly criticized in the Critique of Pure Reason(1787) the attempt to keep the notion of intellectual intuition as a valid concept to modern procedures of scientific argumentation. In an unequivocal sense, the assumption of such Intuition as intellectual and immediate knowledge of the objects disregarded the actual limited human conditions of knowledge, dependent on synthesis acts to constitute objects. At a different argumentative script, from the point of view of the systematization of transcendental reason, Fichte gives both in the Doctrine of Science(1794) and in the Second Introduction to the Doctrine of Science(1797) an activity to intellectual intuition, not for a immediate intellectual binding of the sensitive but to highlight the acts originated on the reflection of self (apperception), as constitutors of the system of transcendental philosophy. We expose the difference of register in the Kant’s and Fichte’s conceptions of the notion of intellectual intuition.