O presente artigo apresenta o modo como o método mecanicista da filosofia de Hobbes considera a vida dos homens e do Estado civil em termos de uma continuidade do movimento da matéria. A partir de um a consideração do mecanicismo moderno aplicado às paixões humanas, o presente artigo busca também mostrar como o medo da morte parece ser o princípio regulador das ações dos homens hobbesianos tanto fora quanto dentro do Estado civil. Por fim, o artigo busca evidenciar como a constituição e a conservação da monstruosa máquina do Estado civil hobbesiano implicam sempre em uma soberania absoluta e indivisível.
This article presents the way in which the mechanistic method of Hobbes' philosophy considers the life of men and the civil state in terms of a continuity in the movement of matter. From a consideration of the modern mechanism applied to human passions, this article also seeks to show how the fear of death is the regulative principle of the actions of Hobbesian men both outside and within the civil State. Finally, this article seeks to clarify how the constitution and conservation of the monstrous Hobbesian civil state machine always implies absolute and indivisible sovereignty