Recuperando possíveis consensos entre o conceito de imagem e sua representação perceptiva, esse artigo apresenta uma terceira via que examina a problemática da imagem a partir de sua origem simbólica. A análise leva em conta, ao mesmo tempo, a subjetividade e a objetividade da imagem, para propor não só uma classificação como também uma ordenação hierárquica consoante sua fertilidade simbólica. Para isso, apresenta a metáfora da árvore de imagens, em que as folhas equivalem à relação com o mundo exterior, a imageria; o tronco, que poderia ser chamado de imaginário, possibilita o trânsito entre a copa e as raízes; essas últimas abrigariam o imaginal, em correlação com o substrato arquetipológico. A partir dessa ilustração, é possível observar o ciclo das imagens, compreendendo como suas várias manifestações estão ligadas a uma amálgama suprassensível que atribui às imagens uma pujança simbolizante, não limitada ao conceito nem ao sentido, pois se lhes antecede.
Recovering the possible consensuses between the concept of image and its perceptive representation, this article presents a third way - examining the problem of the image from its symbolic origin. The analysis considers both the subjectivity and the objectivity of the image to propose not only a classification, but also a hierarchical order according to its symbolic fertility. In order to do so, it presents the tree of images metaphor, in which the leaves correspond to the relation with the outside world, the imagery; the trunk, which could be called the imaginary, allows the transit between the tree crown and the roots – which would shelter the imaginal, in correlation with the archetypical substrate. From this illustration, it is possible to observe the cycle of the images, understanding how their numerous manifestations are linked to an overriding amalgam which gives the images a symbolic power, neither limited to the concept nor to the sense, as it precedes them both.