É A CIÊNCIA ARTÍSTICA OU A ARTE É CIENTÍFICA?

BABEL: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras

Endereço:
Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Linguística, Letras e Artes - Campus II - Rodovia Alagoinhas - Salvador - BR 110
Alagoinhas / BA
Site: https://revistas.uneb.br/index.php/babel
Telefone: (75) 3422-2321
ISSN: 2238-5754
Editor Chefe: Marcos Antonio Maia Vilela
Início Publicação: 01/12/2011
Periodicidade: Semestral

É A CIÊNCIA ARTÍSTICA OU A ARTE É CIENTÍFICA?

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Pérola Cunha Bastos
Autor Correspondente: Pérola Cunha Bastos | [email protected]

Palavras-chave: Ensino de Língua Estrangeira, Contação de estórias, Literatura.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A  partir   do   fruto   de   um   trabalho   de   extensão   (e   pesquisa),   cujo   fim   é   formar   contadores   de estórias em Língua Estrangeira (LE), projeto em andamento na cidade de Alagoinhas-Ba. UNEB-Campus II. Tendo   escolhido   o   subtema:   diálogo   entre   ciência   e   arte,   busco   discutir   dos   tantos   diálogos   possíveis contidos nessa ceára, a arte de contar estórias como meio de ensinar LE, aproximar culturas, como também motivar os partícipes do processo; inserir a literatura como prática social e na física, mais especificamente, busco   confrontar   os   conceitos   reflexão   e   refração   da   ótica   com   a   literatura.   Porque   contar   estórias,   por várias  razões, segundo Cléo Busatto (2003), é também para encantar e sensibilizar ouvintes, estimular o imaginário, tocar o coração, “alimentar” o espírito e formar leitores. A leitura se realiza a partir do diálogo do leitor com o objeto lido seja escrito, sonoro, gesto, imagem, acontecimento. Em face disso, aprender a ler significa também aprender a ler o mundo (Freire), dar sentido a ele e a nós próprios. O objetivo principal desde trabalho é mostrar que é possível o trânsito conceitual entre o que tomaremos nesse contexto como ciência:   a   física,   e   como   artes:   a   literatura   e   contação   de   estórias.   E   por   que   contar   estórias   em   uma segunda língua? não é somente um momento lúdico, mas, reconhecidamente também, um recurso didático,uma   vez   que   mediado   pela   literatura,   envolve   habilidades   comunicativas   de   importante   domínio   no aprendizado   de   LE   a   compreensão   oral,   a   leitura   inclusive   a   não   verbal,   entendendo-se   assim   como semiótica.   Reconhecendo   a   ação   de   contar   estórias   como   gregária   de   elementos   comunicantes   que transitam, desde os recursos didáticos a, muito além, das ações envolvidas no ensino de uma língua. Nesse cenário, encontramos espaço para pensar a literatura como veículo de elementos culturais e de formação do ser que habita o leitor, e por que não dizer, o contador, já que ninguém sai impune do contato com uma obra.   Reconhecer   o   outro,   nos   personagens,   seres   provindos   de   outras   culturas   e   contextos,   além   de considerações acerca da relevância da literatura como expressão cultural como arte no ensino de LE como ciência. Discutiremos que, tanto a arte pode parecer científica, como a ciência pode ser artística.



Resumo Inglês:

As a result  of a course offered as  a  researching project  at Uneb – Campus II  in Alagoinhas (Bahia),   which   objective  is  to  form  people   story-telling,   this   article   aims   to   discuss   -  based   upon  the   sub-theme   of   dialogue   between   science   and   art   -   the   art   of   story-telling   as   a   means   of   teaching   a   foreign language (FL), making cultures closer, as well as making participants motivated throughout the process; wewill   deal   with   literature   as   a   social   practice   and   with   physics,   more   especifically,   with   the   concepts   of reflection and optical refraction. According to Cléo Busatto (2003), one tells stories for various reasons: to delight and sensitize the listeners, to encourage imagination, to touch the heart, to “feed” the spirit and to educate   readers.   Reading   happens   out   of   the   dialogue   between   the   reader   and   the   object   being   read.Through   written   language,   sounds,   gestures,   images   or   events.   Given   this,   learning   to   read   also   meanslearning to read the world (Freire), giving meaning to the world and to ourselves. The main objective of thisarticle   is   to   show   that   the   conceptual   transit   between   what   we   will   consider   in   this   context   as   science:physics,   and   as   art:   literature   and   story-telling   is   feasible.   And   why   does   one   tell   stories   in   a   second language? Not only is it a ludic moment, but it is also recognizedly a pedagogical resource, since it is used through   literature,   and   it   involves   important   communicative   skills   in   language   learning   such   as   listening comprehension, reading, including non-verbal one, which can be therefore understood as semiotics. Thus,the act of story- telling involves communicative elements that are present in pedagogical resources and thatgo beyond the pedagogical procedures followed in language teaching. Within this scene, there is a space tothink of literature as a vehicle of cultural elements and of formation of the being that inhabits the reader, or possibly the story-teller, as no one is impune having had  contact with a written text work. Further to this, one may   be   able   to   recognize   the   other   in   the   characters   of   a   story,   who   comes   from   different   cultures   and contexts, and  it may be able to reflect about the relevance of literature as a cultural expression of art in the teaching of a FL as a science. A discussion  on art and science will be held; art can appear to be scientific, just as science can seem to be artistic.