A partir do fruto de um trabalho de extensão (e pesquisa), cujo fim é formar contadores de estórias em Língua Estrangeira (LE), projeto em andamento na cidade de Alagoinhas-Ba. UNEB-Campus II. Tendo escolhido o subtema: diálogo entre ciência e arte, busco discutir dos tantos diálogos possíveis contidos nessa ceára, a arte de contar estórias como meio de ensinar LE, aproximar culturas, como também motivar os partícipes do processo; inserir a literatura como prática social e na física, mais especificamente, busco confrontar os conceitos reflexão e refração da ótica com a literatura. Porque contar estórias, por várias razões, segundo Cléo Busatto (2003), é também para encantar e sensibilizar ouvintes, estimular o imaginário, tocar o coração, “alimentar” o espírito e formar leitores. A leitura se realiza a partir do diálogo do leitor com o objeto lido seja escrito, sonoro, gesto, imagem, acontecimento. Em face disso, aprender a ler significa também aprender a ler o mundo (Freire), dar sentido a ele e a nós próprios. O objetivo principal desde trabalho é mostrar que é possível o trânsito conceitual entre o que tomaremos nesse contexto como ciência: a física, e como artes: a literatura e contação de estórias. E por que contar estórias em uma segunda língua? não é somente um momento lúdico, mas, reconhecidamente também, um recurso didático,uma vez que mediado pela literatura, envolve habilidades comunicativas de importante domínio no aprendizado de LE a compreensão oral, a leitura inclusive a não verbal, entendendo-se assim como semiótica. Reconhecendo a ação de contar estórias como gregária de elementos comunicantes que transitam, desde os recursos didáticos a, muito além, das ações envolvidas no ensino de uma língua. Nesse cenário, encontramos espaço para pensar a literatura como veículo de elementos culturais e de formação do ser que habita o leitor, e por que não dizer, o contador, já que ninguém sai impune do contato com uma obra. Reconhecer o outro, nos personagens, seres provindos de outras culturas e contextos, além de considerações acerca da relevância da literatura como expressão cultural como arte no ensino de LE como ciência. Discutiremos que, tanto a arte pode parecer científica, como a ciência pode ser artística.
As a result of a course offered as a researching project at Uneb – Campus II in Alagoinhas (Bahia), which objective is to form people story-telling, this article aims to discuss - based upon the sub-theme of dialogue between science and art - the art of story-telling as a means of teaching a foreign language (FL), making cultures closer, as well as making participants motivated throughout the process; wewill deal with literature as a social practice and with physics, more especifically, with the concepts of reflection and optical refraction. According to Cléo Busatto (2003), one tells stories for various reasons: to delight and sensitize the listeners, to encourage imagination, to touch the heart, to “feed” the spirit and to educate readers. Reading happens out of the dialogue between the reader and the object being read.Through written language, sounds, gestures, images or events. Given this, learning to read also meanslearning to read the world (Freire), giving meaning to the world and to ourselves. The main objective of thisarticle is to show that the conceptual transit between what we will consider in this context as science:physics, and as art: literature and story-telling is feasible. And why does one tell stories in a second language? Not only is it a ludic moment, but it is also recognizedly a pedagogical resource, since it is used through literature, and it involves important communicative skills in language learning such as listening comprehension, reading, including non-verbal one, which can be therefore understood as semiotics. Thus,the act of story- telling involves communicative elements that are present in pedagogical resources and thatgo beyond the pedagogical procedures followed in language teaching. Within this scene, there is a space tothink of literature as a vehicle of cultural elements and of formation of the being that inhabits the reader, or possibly the story-teller, as no one is impune having had contact with a written text work. Further to this, one may be able to recognize the other in the characters of a story, who comes from different cultures and contexts, and it may be able to reflect about the relevance of literature as a cultural expression of art in the teaching of a FL as a science. A discussion on art and science will be held; art can appear to be scientific, just as science can seem to be artistic.