Este trabalho objetiva debater a relação entre dados, vigilância e capitalismo na atualidade, a partir das noções de capitalismo de dados, capitalismo de vigilância e colonialismo de dados. A abordagem metodológica é a revisão não sistemática de literatura. Apesar de não ser um fenômeno novo, a vigilância tem crescido como componente fundamental da lógica de acumulação capitalista na contemporaneidade, percebendo seres humanos como fonte para a extração massiva de dados. Conclui-se que a vigilância que ocorre por meio da extração, tratamento e armazenamento de dados incorre em problema para a mobilização política. Faz-se necessário, então, compreender tal fenômeno a partir de lentes emancipatórias.
This paper aims to discuss the relationship between data, surveillance, and capitalism today, based on the notions of data capitalism, surveillance capitalism, and data colonialism. The methodological approach is the non-systematic literature review. Although not a new phenomenon, surveillance has grown as a fundamental component of the logic of capitalist accumulation in contemporaneity, perceiving human beings as a source for the massive extraction of data. We conclude that surveillance that occurs through the extraction, processing, and storage of data incurs a problem for political mobilization. It is necessary, then, to understand this phenomenon from emancipatory lens.
Este documento pretende debatir la relación entre datos, vigilancia y capitalismo en la actualidad, basándose en las nociones de capitalismo de datos, capitalismo de vigilancia y colonialismo de datos. El enfoque metodológico es la revisión bibliográfica no sistemática. Aunque no es un fenómeno nuevo, la vigilancia ha crecido como componente fundamental de la lógica de acumulación capitalista en la contemporaneidad, percibiendo a los seres humanos como fuente para la extracción masiva de datos. Llegamos a la conclusión de que la vigilancia que se produce a través de la extracción, el tratamiento y el almacenamiento de datos supone un problema para la movilización política. Es necesario, pues, entender este fenómeno desde una óptica emancipadora.