O semiárido do Nordeste brasileiro por apresentar condições naturais favoráveis ao desenvolvimento da agropecuária propiciou desde muito cedo a exploração de seus recursos. Nesse contexto o semiárido foi gradativamente explorado, e isso, associada às condições de semiaridez e a ausência de pousio das terras, contribui para que houvesse um processo lento de regeneração mediante o ritmo acelerado de exploração. Assim, o presente artigo tem como objetivo analisar de forma comparativa o índices de degradação/desertificação de dois núcleos de desertificação: a sub-bacia do riacho Santa Rosa nos município de Jaguaretama e Morada Nova no Ceará e a sub-bacia do riacho Itacuruba/Tamanduá no município de Itacuruba em Pernambuco. A base metodológica gira em torno da análise dos indicadores geobiofísicos de degradação/desertificação elaborado por Oliveira (2011) e aplicados por Costa (2014) e Sousa (2014) nesses dois núcleos respectivamente. Com o resultado das análises pode-se concluir que a sub-bacia cearense apresenta maior área de terras submetidas a nível moderados de degradação/desertificação, cerca de 560km2 o equivalente a 83,1% do núcleo. Porém, se consideramos como base o maior nível de degradação, a sub-bacia pernambucana se destaca com nível médio a alto sob uma área de 149,283km2 o correspondente a 85,28% desse núcleo.