ÍNDICES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM SUJEITOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL E ADERÊNCIA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

Brazilian Journal Of Biomotricity

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ISSN: 19816324
Editor Chefe: Marco Machado
Início Publicação: 28/02/2007
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Educação física

ÍNDICES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM SUJEITOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL E ADERÊNCIA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

Ano: 2011 | Volume: 5 | Número: 2
Autores: Joaquim Maria Ferreira Antunes Neto, Larissa Barbosa de Paula
Autor Correspondente: Joaquim Maria Ferreira Antunes Neto | [email protected]

Palavras-chave: estresse oxidativo, obesidade, sedentarismo, atividade física, qualidade de vida

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

ANTUNES NETO, J. M. F.; PAULA, L. B. Índices de estresse oxidativo em sujeitos com diferentes níveis de
composição corporal e aderência a prática de atividade física. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 5, n. 2, p.
117-131, 2011. As espécies reativas de oxigênio (EROs) são derivadas de fontes exógenas ou produzidas
endogenamente, como conseqüência normal das funções celulares. O desbalanço causado pelo excesso
na produção destas espécies associado à queda na capacidade antioxidante celular provoca o que
chamamos de estresse oxidativo; um processo que gera, sobretudo, alterações nas membranas celulares e
nas estruturas dos genes, em circunstâncias extremas. O objetivo deste trabalho consistiu em investigar o
potencial de estresse oxidativo em sujeitos obesos sedentários, já que a obesidade tornou-se um problema
de saúde pública, sobretudo em países industrializados. Participaram do estudo 30 voluntários do sexo
masculino (26,6 ± 3,5 anos) e foram divididos em três grupos, de acordo com composição corporal e estilo
de vida ativo: grupo sedentário com índice de massa corpórea (IMC) normal (IMC-NS), n = 10; grupo
sedentário com IMC elevado (IMC-ES), n = 10; e grupo praticante de atividade física com IMC normal (IMCNPAF),
n = 10. As análises foram divididas em antropométricas – IMC, pressão arterial, relação cinturaquadril
e percentual de gordura; bioquímicas – dosagem de hemoglobina; marcadores antioxidantes –
catalase (CAT) e grupamentos sulfidrila totais (GST); marcadores oxidantes – substâncias reativas ao ácido
tiobarbitúrico (TBARs); e marcadores de alteração celular – creatina quinase (CK). Os resultados mostraram
que os sujeitos do grupo IMC-ES, quando comparados aos demais grupos, possuem níveis mais baixos de
CAT (0,19 ± 0,10 k/gHb/min), GST (298,0 ± 67,0 μM), TBARs (1,60 ± 0,40 nmol/mL) e CK (45,0 ± 25,0 U/L),
provavelmente pela condição de sedentarismo em que se encontram. Os sujeitos do grupo IMC-NS, apesar
da também condição de sedentarismo, apresentaram valores significativamente maiores de CAT (0,30 ± 0,04 k/gHb/min, p<0,05), GST (450,0 ± 111,0 μM, p<0,01), TBARS (2,30 ± 1,0 nmol/mL, p<0,05) e CK (100
± 25 U/L, p<0.05) em relação aos obesos, sugerindo que a condição física pode determinar os ajustes
regulatórios celulares. Já em relação ao grupo IMC-NPAF, os aumentos significativos de CAT (0,40 ± 0,10
k/gHb/min, p<0,01), GST (503,0 ± 121,0 μM, p<0,01), TBARs (2,80 ± 1,40 nmol/mL, p<0,05) e CK (150,0 ±
45,0 U/L, p<0,05), quando comparados ao grupo IMC-ES, refletem a influência da atividade física nas
respostas adaptativas. Concluindo, os níveis de estresse oxidativo podem ser mais comprometedores para
sujeitos obesos sedentários em virtude da extrema diminuição dos marcadores estudados. Entretanto, tal
situação pode ser atenuada pela combinação de dieta restritiva – e conseqüente perda de peso – aliada à
prática regular de atividade física.