“Ô abre alas que eu quero passar”: rompendo o silêncio sobre a negritude de Chiquinha Gonzaga

Proa

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ISSN: 2175-6015
Editor Chefe: Christiano Key Tambascia
Início Publicação: 01/11/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

“Ô abre alas que eu quero passar”: rompendo o silêncio sobre a negritude de Chiquinha Gonzaga

Ano: 2020 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Alves, Carolina Gonçalves
Autor Correspondente: Carolina Gonçalves Alves | [email protected]

Palavras-chave: Raça, Gênero, Poder, Representação

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Resumo Português:

Neste artigo, discuto a consolidação da imagem de Chiquinha Gonzaga, personagem central para a história do choro carioca. As disputas travadas no processo de construção de sua memória têm raízes profundas no projeto político de branqueamento da população brasileira, iniciado no contexto do pós-abolição. As representações históricas de Chiquinha Gonzaga podem revelar aspectos fundamentais para a compreensão do racismo brasileiro que endossa o branqueamento de personagens negros da nossa história. Para refletir sobre os silêncios a respeito da negritude de Chiquinha, analiso as interpretações da personagem por atrizes brancas no teatro e na TV. O silêncio sobre a sua negritude será discutido à luz das recentes lutas pós-coloniais que têm estimulado revisões do passado, disputando narrativas e propondo reformulações epistemológicas que reivindicam uma escrita produzida nos marcos da experiência colonial.