Objetivos: conhecer os significados das práticas de autoatenção de mulheres, residentes no campo, relativas ao puerpério; identificar as interfaces dessas práticas com os diferentes modelos de atenção à saúde. Método: etnografia desenvolvida em três comunidades rurais de pequeno município do Norte do Rio Grande do Sul/Brasil. Participaram 17 informantes. Na coleta de dados, utilizaram-se técnicas de ObservaçãoParticipação-Reflexão e entrevistas etnográficas. No processo analítico, utilizou-se a proposta de análise temática. Resultados: constatou-se que o puerpério apresenta-se marcado por práticas de autoatenção referentes à alimentação, atividade física, higiene e à sociabilidade produzidas no seio da família/comunidade, com pouca articulação ao setor profissional de cuidados. Conclusão: essas práticas buscam proteger as mulheres-puérperas que, na interpretação de seu grupo social, estão em estado liminar – entre a saúde e a doença. Concomitantemente a isso, conferem poder relativo às puérperas e suas famílias.
Aims: to discover the meanings of the self-care practices of women living in rural areas regarding the puerperium; to identify the interfaces of these practices with the different models of health care. Method: ethnography conducted in three small city rural communities in the North of Rio Grande do Sul/Brazil. Seventeen participants were involved. Observation-Participation-Reflection techniques and ethnographic interviews were employed in the data collection. In the analytical process, a thematic analysis proposal was used. Results: it was verified that the puerperium is marked by self-care practices related to food, physical activity, hygiene, and sociability arising from the family/community, with little connection with the professional healthcare sector. Conclusion: these practices are intended to protect the women who just gave birth, who, in their social group’s interpretation, are in a liminal state between health and sickness. Simultaneously, they also grant considerable power to the postnatal women and their families.
Objetivos: conocer los significados de las prácticas de autoatención de mujeres, residentes en el campo, relacionadas al puerperio; identificar las interacciones de esas prácticas con los distintos modelos de atención a la salud. Método: etnografía desarrollada en tres comunidades rurales, de un pequeño municipio del Norte del estado del Rio Grande do Sul/Brasil. Participaron 17 informantes. Para la recolección de los datos fueron utilizadas técnicas de Observación-Participación-Reflexión y encuestas etnográficas. En el proceso analítico se utilizó la propuesta del análisis temático. Resultados: se constató que el puerperio se presenta marcado por prácticas de autoatención referentes a la alimentación, actividad física, higiene y a la sociabilidad producida en el ambiente interno a la familia/comunidad, con poca articulación con el sector profesional de cuidados Conclusión: esas prácticas buscan proteger las mujeres puérperas que, en la interpretación de su grupo social, están en estado liminar – entre la salud y la enfermedad. Concomitante a eso, se determina poder a las puérperas y sus familias.