Na segunda metade do século XIX, ao Cariri Cearense se delineou uma via migratória. Eram trabalhadores livres e pobres que, fugindo da seca, buscavam um espaço que não era severamente assolado por esse fenômeno. Unidos aos livres, libertos e escravos da região compunham a oferta de mão de obra. Por outro lado, nessa época, as autoridades e proprietários dessa região se ressentiam da falta de trabalhadores, sobretudo para a lavoura. Isso ocorria pela noção referente ao trabalho escravo, como aviltante e degradante, condicionar a percepção dos trabalhadores livres sobre as lidas que eles deveriam se vincular. Nacionalmente ocorria a discussão em torno da formação do trabalhador nacional em contraposição ao ócio e vadiagem percebidos nos setores pobres da sociedade. Assim como no contexto nacional, no sul cearense, mudar a noção de trabalho foi vista como necessária a fim de alterar a percepção sobre os serviços ‘de escravos’.
In the second half of the 19th century, the Cariri region of Ceará became a migratory pathway. Free and poor workers fleeing from the drought, sought a space not severely hit by this phenomenon. Along with the free man and freed slaves from the region comprised the labor supply. Moreover, at that time, the authorities and farm owners from the region complained about the lack of labor, especially for farming. This occurred from the notion of slave work as demeaning and degrading condition the perception of free laborers on the rules that they should be bound to. Nationally occurred the discussion around the formation of national worker as opposed to idleness ad vagrancy perceived in poor sectors of society. As in the national context a change in the notion of work was seen as necessary in southern Ceará in order to change the perception of the “slave” jobs.
En la segunda mitad del siglo XIX, en el Cariri - Cearense surgió una ruta migratoria. Eran trabajadores libres y pobres, huyendo de la sequía, buscaban un espacio que no fuera duramente afectado por este fenómeno. Unidos a los libres, libertos y esclavos de la región comprendieron la oferta de trabajo. Por otra parte, en ese momento, las autoridades y los propietarios de esta región sintieron la deficiencia de trabajadores, en especial para la agricultura. Esto ocurrió por la idea en referirse a la esclavitud como humillante y degradante, condicionar la percepción de los trabajadores libres en la lectura que deberían estar vinculados. A nivel nacional, ocurrió la discusión sobre la formación del trabajador nacional en oposición a la ociosidad y vagancia percibida en sectores pobres de la sociedad. Al igual que en el contexto nacional, en el sur de Ceará, cambiar el concepto de trabajo fue visto como necesario para cambiar la percepción de los servicios de 'esclavos'.