“A MINHA MORADA É ONDE EU ME SINTO BEM”: TECENDO DIÁLOGOS E (RE)EXISTÊNCIAS ENTRE AS/OS PROFESSORAS/ES DA ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA PATAXÓ MUÃ MIMATXI E DA ESCOLA MUNICIPAL DE BENTO RODRIGUES

Revista Em Favor de Igualdade Racial

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ISSN: 2595-4911
Editor Chefe: Flávia Rodrigues Lima da Rocha
Início Publicação: 11/05/2020
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

“A MINHA MORADA É ONDE EU ME SINTO BEM”: TECENDO DIÁLOGOS E (RE)EXISTÊNCIAS ENTRE AS/OS PROFESSORAS/ES DA ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA PATAXÓ MUÃ MIMATXI E DA ESCOLA MUNICIPAL DE BENTO RODRIGUES

Ano: 2023 | Volume: 6 | Número: 3
Autores: Áquila Bruno Miranda, Leliane Amorim Faustino, Verônica Mendes Pereira
Autor Correspondente: Áquila Bruno Miranda | [email protected]

Palavras-chave: educação, diáspora, conflitos socioambientais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo busca refletir sobre as diásporas e confluências da escola Municipal de Bento Rodrigues (Mariana-MG) e da Escola Estadual Indígena de Muã Mimatxi(Itapecirica-MG), considerando os Tehêysde Pescaria do Conhecimento, produzidos por Dona Liça Pataxoop, como instrumentos pedagógicos para a construção de (re)existências a colonialidade. Apresentamos reflexões a partir do curso de extensão realizado pela Universidade Federal de Ouro Preto e a Universidade Federal de Minas Gerais, em 2022. Essa proposta justifica-se pela urgência de ações comprometidas com a desconstrução de narrativas colonizadoras acerca dos povos indígenas. Utilizamos como método o relato de experiências pautadas em reflexões críticas das vivências compartilhadas no curso de extensão. Dialogamos com as intelectuais negras Sueli Carneiro, Maria Beatriz Nascimento e Lélia Gonzalez, a pesquisadora israelita Ella Shohat, o mestre quilombola Nego Bispo e o sociólogo afro-britânico Paul Gilroy. Como resultado, temos que as trajetórias das duas comunidades, entrecruzam-se no âmbito da diáspora. Os Tehêys de Pescaria do Conhecimento são uma forma contra hegemônica de narrar, através da agência de Dona Liça Pataxoop, a história do seupovo. Destacamos também que as trocas, são impulsionadoras para que a população de Bento Rodrigues também seja gestora de sua própria história.



Resumo Inglês:

This article seeks to reflect on the diasporas and confluences of the Municipal School of Bento Rodrigues (Mariana-MG) and the Indigenous State School of Muã Mimatxi (Itapecirica-MG), considering the Tehêys de Pescaria do Conhecimento, produced by Dona Liça Pataxoop, as pedagogical instruments for the construction of (re)existences to coloniality. We present reflections from the extension course held by the Federal University of Ouro Preto and the Federal University of Minas Gerais, in 2022. This proposal is justified by the urgency of actions committed to the deconstruction of colonizing narratives about indigenous peoples. We used as a method the reporting of experiences based on critical reflections of the experiences shared in the extension course. We dialogued with black intellectuals Sueli Carneiro, Maria Beatriz Nascimento and Lélia Gonzalez, Israeli researcher Ella Shohat, quilombola master Nego Bispo and Afro-British sociologist Paul Gilroy. As a result, the trajectories of the two communities intertwine within the diaspora. The Tehêys de Pescaria do Conhecimento are a counter-hegemonic way of narrating, through the agency of Dona Liça Pataxoop, the history of her people. We also highlight that the exchanges are driving forces for the population of Bento Rodrigues to also be managersof their own history.