A compreensão da escola como instituição comprometida com a promoção do acesso à vida pública para
todos os seus frequentadores implica no desenvolvimento de um currÃculo que integre e crie espaços para o
conhecimento das histórias de opressão e que potencialize as vozes das culturas sufocadas ou silenciadas.
Dentre as inúmeras formas, as diferenças culturais se expressam também pelos textos produzidos pelas
manifestações da cultura corporal. Comumente, o repertório de práticas corporais cultivado nas comunidades
populares é desvalorizado pelos currÃculos hegemônicos. Tal quadro ocasiona afastamento e resistência por
parte dos alunos ou fixação distorcida de signos de classe, etnia e gênero presentes nas brincadeiras,
danças, lutas, ginásticas e esportes privilegiados. Atentos à problemática, um grupo de docentes atuantes
nas redes públicas tem cotidianamente colocado em ação uma proposta a favor das diferenças e
comprometida com a formação de identidades democráticas, o denominado currÃculo cultural da Educação
FÃsica.