Este estudo objetivou avaliar, sob o ponto de vista das participantes, aspectos importantes dos grupos operativos no manejo da violência contra a mulher. A pesquisa foi qualitativa, do tipo estudo de caso, desenvolvida com mulheres adultas, residentes na área de abrangência de uma Estratégia Saúde da Família em Montes Claros, Minas Gerais. Foram realizados 10 encontros com os grupos, no período de fevereiro a maio de 2013, com a participação de 10 mulheres. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e analisados segundo os indicadores do processo grupal de Pichon-Rivière. A abordagem do grupo ancorada nessa teoria permitiu aos coordenadores do grupo uma aproximação e ampliação do olhar para realidade das mulheres sobre a violência. A dinâmica grupal cooperou para manifestação de aspectos subjetivos latentes que (re)orientavam cada reunião no sentido de aprofundar/explicitar medos, necessidades e condições de enfrentamento. A partir dos indicadores do processo grupal na teoria pichoniana abordados, a estratégia dos grupos operativos torna-se uma forma efetiva do profissional de saúde construir, interpretar e reavaliar modelos de trabalhos com grupos, especialmente de mulheres.
The objetive of this study was to evaluate, from the participants’ perspective, the important aspects of operative groups in the management of violence against women. The research conducted is a qualitative case report involving adult women living in an area under the coverage of a Family Health Strategy Program in Montes Claros, Minas Gerais. Ten meetings were held with groups consisting of 10 women from February to May, 2013. Data were collected by means of interviews and analyzed according to Pichon Rivière’s group process indicators. By using the above-mentioned theory, group coordinators were able to be more sympathetic towards violence against women. The group dynamics helped women to express subjective and latent issues which reshaped every new meeting in the sense of discussing and expressing fears, needs, and fights in depth. Drawing on the group process indicators of the Pichonian thinking the operative group strategy turns out to be an effective manner by which health care providers can build, interpret and evaluate group work models, particularly that of women’s.