“Cala a boca, Galvão!”: hegemonia, linguagem e filosofia espontânea das massas

Lumina

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ISSN: 19814070
Editor Chefe: Gabriela Borges Martins Caravela
Início Publicação: 31/05/2007
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Comunicação

“Cala a boca, Galvão!”: hegemonia, linguagem e filosofia espontânea das massas

Ano: 2011 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Eduardo Granja Coutinho
Autor Correspondente: E. G. Coutinho | [email protected]

Palavras-chave: linguagem; hegemonia; reificação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Refletir sobre a linguagem, entendida como um campo de
luta pela hegemonia político-cultural. A partir de uma perspectiva
teórica de inspiração gramsciana, pretende-se mostrar que o
procedimento típico da hegemonia burguesa é a subordinação das
falas populares ao discurso monológico oficial (M. Bakhtin). Mostrase,
em contrapartida, que a organização de uma cultura contrahegemônica
envolve esforço de historização daquilo que se impõe,
ideologicamente, como uma verdade eterna. Nessa perspectiva,
analisa-se um episódio de grande repercussão mundial, envolvendo
um representante emblemático do que se pode chamar de “monopólio
da fala”: o locutor de programas esportivos Galvão Bueno. Busca-se
identificar, na resistência popular a seu discurso, uma fala
carnavalizante que zomba da ordem dominante e das idéias
cristalizadas.