“Campesinato como ordem moral”: (re)visitando clássicos e (re)pensando a economia camponesa

REVISTA NERA

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ISSN: 1806-6755
Editor Chefe: Eduardo Paulon Girardi
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

“Campesinato como ordem moral”: (re)visitando clássicos e (re)pensando a economia camponesa

Ano: 2011 | Volume: 0 | Número: 19
Autores: A. F. Freitas, M. I. V. Botelho
Autor Correspondente: A. F. Freitas | [email protected]

Palavras-chave: campesinato, economia camponesa, terra, família, dádiva.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo analisa o campesinato para além da sua dimensão econômica, ressaltando as
fundamentais dimensões moral e social constitutivas da economia camponesa. Tem-se,
para tanto, como fio condutor da argumentação, a compreensão de que as categorias terra
e família são fundamentais para agregar complexidade e possibilitar entendimentos sobre a
dinâmica camponesa. Entretanto, estas categorias, terra e família, também precisam ser
entendidas para além da sua dimensão econômica. A reflexão em curso elucida algumas
divergências entre diferentes abordagens do campesinato, principalmente aquelas
relacionadas à economia camponesa. Ao mesmo tempo, a mesma literatura, quando
utilizada à luz de outros autores vinculados a outras vertentes analíticas, sugere novas
reflexões acerca da moral camponesa. Assim, a economia camponesa, como parte de uma
ordem moral, está imbricada no conjunto das relações interpessoais dos grupos sociais.
Esta imersão do econômico no social, e vice-versa, em busca da reprodução de valores,
como o valor-Terra e o valor-Família, se configura como uma distinção da economia
camponesa. As relações sociais que marcam a economia estão sempre cercadas de
construções simbólicas que servem para explicá-las, justificá-las e regulá-las.