“Da pele das coisas”: paisagem sonora e testemunho oral no cinema etnobiográfico de Jorge Prelorán (1972)

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ISSN: 16767640
Editor Chefe: Marieta Pinheiro de Carvalho
Início Publicação: 31/05/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

“Da pele das coisas”: paisagem sonora e testemunho oral no cinema etnobiográfico de Jorge Prelorán (1972)

Ano: 2024 | Volume: 23 | Número: 2
Autores: Ana Caroline Matias Alencar
Autor Correspondente: Ana Caroline Matias Alencar | [email protected]

Palavras-chave: cinema etnobiográfico; testemunho oral; paisagem sonora

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é analisar a concepção de “cinema do real” (BAZIN, 2016), particularmente afeita aos afetos e aos sentidos, que desponta da produção audiovisual do cineasta argentino Jorge Prelorán (1933-2009). Para tanto, será posto sob exame o documentário Valle Fértil (1972), buscando-se a partir dele ressaltar como a “paisagem sonora” (SCHAFER, 2011) de que se compõe a película e os testemunhos orais ofertados pelos protagonistas do filme constitu dois dos principais pilares sobre os quais o cineasta estrutura seu projeto de filmagem etnobiografias audiovisuais, em diálogo c tradições intelectuais e artísticas como o Observational Cinema. Com isso, procurarei demonstrar de que modo Prelorán cria em sua película um espaço aberto a uma modalidade de conhecimento centrada na sensibilidade visual e auditiva.



Resumo Inglês:

This article focused on the particular conception of “cinema of the real” (BAZIN, 2016), particularly related to affections and senses, which emerges from the audiovisual work of Argentine filmmaker Jorge Prelorán (1933-2009). To this end, the documentary Valle Fértil (1972) was examined, in order to highlight how the “soundscape” (SCHAFER, 2011) created by the film and the oral testimonies offered by the protagonists constitute two of the main pillars on which the filmmaker structures his project of audiovisual ethnobiographies, in dialogue with intellectual and artistic traditions such as Observational Cinema. Therefore, I tried to demonstrate how Prelorán creates in his film a space open to a modality of knowledge centered on visual and auditory sensitivity.