“De escravas a cuidadoras”: invisibilidade e subalternidade das mulheres negras na política de saúde mental brasileira

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ISSN: 1415-1804
Editor Chefe: Rafael Soares Gonçalves
Início Publicação: 01/01/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

“De escravas a cuidadoras”: invisibilidade e subalternidade das mulheres negras na política de saúde mental brasileira

Ano: 2017 | Volume: 20 | Número: 38
Autores: Rachel Gouveia Passos
Autor Correspondente: R.G.Passos | [email protected]

Palavras-chave: mulheres negras; saúde mental; cuidadoras; escravas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo propõe-se a identificar, no trabalho das cuidadoras em saúde mental,a perpetuação do racismo como uma das ideologias de dominação na formação social brasileira. No primeiro momento tratou-se acerca das escravas e africanas livres que serviam nos hospícios a partir da terceira década do século XIX. Em seguida, sobre a mudança da psiquiatria tradicional à Reforma Psiquiátrica e Atenção Psicossocial. Por fim, identificou se, no cenário pós-reforma psiquiátrica, o trabalho das mulheres negras, dando destaque à invisibilidade e à subalternidade que perpassam a ocupação de cuidadora e que estão vinculadas às desigualdades de classe e raça existentes na realidade brasileira.

 



Resumo Inglês:

The article proposes to identify the work of mental health care givers the perpetuation of racism as one of the ideologies of domination in Brazilian social formation. In the first moment we dealt with the slaves and free Africans who served in the hospices from the third decade of the nine tenth century. Next, we talk about the change from traditional psychiatry to Psychiatric Reform and Psychosocial attention. Finally, the work of black women is identified in the psychiatric post-reform scenario, highlighting the invisibility and subalternity that permeate the occupation of caregiver and which are linked to the class and racial inequalities existing in the Brazilian reality.