“EU SOU NEGRO LOIRO, E DAÍ NÉ!?” A COR DA PELE NA CONSTITUIÇÃO DAS IDENTIDADES INFANTIS

Essentia

Endereço:
Av. da Universidade, 850 - Campus da Betânia
Sobral / CE
62.040-370
Site: http://uvanet.br/essentia/index.php/revistaessentia/index
Telefone: (88) 3611-6613
ISSN: 1516-6406
Editor Chefe: Maria Socorro de Araújo Dias
Início Publicação: 01/06/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

“EU SOU NEGRO LOIRO, E DAÍ NÉ!?” A COR DA PELE NA CONSTITUIÇÃO DAS IDENTIDADES INFANTIS

Ano: 2015 | Volume: 16 | Número: Especial
Autores: L. V. Dornelles, S. A. Vieira
Autor Correspondente: L. V. Dornelles | [email protected]

Palavras-chave: infâncias, pesquisa com crianças, cor de pele/raça, identidade/diferença

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir dos Estudos das Infâncias e dos Estudos Culturais o trabalho, intitulado: “Eu sou negro loiro, e daí né!?”. A cor da pele na constituição das identidades infantis, foi realizada em uma Escola da Rede Privada de Porto Alegre com um grupo de vinte e nove crianças entre cinco a sete anos. A pesquisa busca entender como as crianças (re)constroem suas identidades e se a cor da pele se relaciona com tal produção. Traça uma metodologia de investigação que se volta para as crianças, fundamentando-se na etnografia pós-crítica de pesquisa com crianças, visa dar vez e voz a essas, como sujeitos ativos e imperativos na pesquisa. Utiliza conceitos como: identidade/diferença; infâncias; cor/raça para dar potência ao estudo, bem como de autores como Silva (2000), Skliar (2003), Dornelles (2005), Kaecher (2006 e 2013), Vieira (2015), dentre outros. Através da literatura infantil com temática afro-brasileira e diferenças aliada a inserção de materiais gráfico-plásticos propicia às crianças outras formas de ver-se enquanto branco, negro, mestiço, mulato, etc. Atenta que as infâncias são múltiplas e mostra nesta investigação que assim também são as formas como as crianças se veem e veem seus colegas, sobre suas raças – cores de peles. Convida crianças e professores a pensar e questionar o que vemos, assistimos ou falamos sobre a cor de pele, a problematizarem em seus espaços de sala de aula as questões relacionadas a cor da pele, identidades e diferenças, entendendo que esse tema só esta distante de quem não consegue olhar ao seu redor como mostram as crianças da pesquisa.



Resumo Inglês:

From the childhoods of Studies and Cultural Studies work, titled: : "I am fair black, so what!? Skin color in the development of children's identities", that was held in a Private School Network in Porto Alegre with a group of twenty-nine children between five and seven years. The research aims to understand how children (re) construct their identities and if their skin color is related to such production. It traces a research methodology that applies to children, basing on the research of post-critical ethnography with children and aims to give time and voice to these as active subjects and requirements in the research. It uses concepts such as identity / difference; childhood; color / race to give power to such a study, as well as writers like Silva (2000), Skliar (2003), Dornelles (2005), Kaecher (2006 and 2013), Vieira (2015), amongst others. Through children's literature with african-Brazilian themes and differences together with the inclusion of graphic-plastic materials and provides to children other ways to be seen as white, black, mestizo, mulatto, etc. Aware that the childhoods are multiple and this research shows that so do the ways in which children see themselves and see their colleagues on their race - skin colors. It invites children and teachers to think and question what we see, watch or talk about the color of skin, problematize in their classroom space issues related to skin color, identities and differences, understanding that this issue is only far from those who cannot see around as show the children in this research.