A “fala do desenvolvimento” em Belterra e a transformação do lugar em dois contextos de modernização

Revista Novos Cadernos Naea

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ISSN: 15166481
Editor Chefe: Edna Maria Ramos de Castro
Início Publicação: 31/05/1998
Periodicidade: Semestral

A “fala do desenvolvimento” em Belterra e a transformação do lugar em dois contextos de modernização

Ano: 2011 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: José Carlos Matos Pereira, Márcia da Silva Pereira Leite
Autor Correspondente: José Carlos Matos Pereira | [email protected]

Palavras-chave: Amazônia, Fordismo, Modos de vida, Fala do desenvolvimento”, Cidade, Verticalidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Sessenta e seis anos separam o fim da
experiência do plantation de seringa de
Henry Ford (1945) da presença da soja na
cidade paraense de Belterra, na Amazônia
brasileira. No primeiro caso, temos a
construção de uma cidade na fl oresta e a
criação de uma hierarquia sociofuncional
com base no sistema fordista de produção.
No segundo, uma ação planejada e seletiva
que teve apoio político em diversos níveis,
fi nanciamento público, fl exibilização da
legislação ambiental e estudos científi cos
que subsidiaram a melhor localização do
empreendimento. A ligação entre os dois
períodos encontra-se na produção do
desarranjo dos modos de vida preexistentes,
no uso predatório da natureza e na
enunciação de estereótipos pelos “de fora”
contra a população do lugar sob o abrigo
da “fala do desenvolvimento”.



Resumo Inglês:

Sixty-six years separate the end of Henry
Ford´s syringe Plantation experience (1945)
from the presence of soy in the town of
Belterra in the Brazilian Amazon. In the
fi rst case we have the construction of a city
in the forest and the creation of a socialfunctional
hierarchy based on the Fordist
system of production. The latter case
involves a planned and selective action that
counts on political support at various levels,
public funding, easing of environmental
law and scientifi c studies that subsidised
the choice of the best location of the
project. The connection between the two
periods is the breakdown of preexisting
ways of life, the predatory use of nature
and the announcement of stereotypes by
“outsiders” against the local peoples as the
“development speech”.