Neste artigo, temos por objetivo discutir as disputas e usos políticos em torno da narrativa da chamada “Revolução Constitucionalista” de 1821 na Bahia, com vistas a entender como os deputados da província buscaram utilizá-la, nas Cortes Gerais de Lisboa, para legitimar seus projetos e argumentos. Discursos de deputados portugueses também estão presentes nos debates, bem como os de D. Pedro I e demais personalidades políticas do mundo luso-brasileiro da época. Como fontes, foram utilizados os Diários das Cortes Gerais de Lisboa e periódicos. Foi utilizada como base metodológica os postulados da História Política Renovada, em especial, no que diz respeito às concepções da História Social dos Conceitos e da análise do discurso como expressão de uma cultura política.