A última década tem sido marcada por uma intensa diversificação das formas de ação coletiva e do perfil dos atores engajados em mobilizações de rua. Diante disso, este artigo analisa os protestos, ocorridos em Sergipe, contra as reformas fiscais implementadas pelos governos Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019 – atual). Especificamente, o objetivo desse artigo consiste em investigar os enquadramentos, as redes de mobilização e a dinâmica dos protestos em torno da luta contra as reformas fiscais em Sergipe. Para isso,o recorte empírico consiste em 92 protestos catalogados no banco de dados Mobilizações de Rua em Sergipe (2010-2020) e a metodologia utilizada foi a análise de eventos de protestos. Os resultados apontam para a construção de três redes de mobilizações em torno das quais partidos políticos, sindicados movimentos sociais e coletivos construíram uma dinâmica contestatória que se caracteriza pela heterogeneidade dos repertórios de ação e pelo uso da greve enquanto ação tática.