Em março de 1755, vinha a público, simultaneamente em Leipzig e em Königsberg (e sob a edição de Johann Friedrich Petersen), a “História Geral da Natureza e Teoria do Céu”; opúsculo de Immanuel Kant (1724-1804) – conspícuo e inexcedível filósofo alemão – que exibe a sistematização maior de sua denominada cosmologia pré-crítica. Poucos meses depois, mais designadamente no semestre de verão de 1756, o mesmo Kant começa a lecionar um curso de geografia física. Parece-nos ser inconcusso que há uma abastada consangüinidade entre o nascedouro das perquirições geográficas em Kant e essas meditações cosmológicas (e cosmogônicas) de 1755 – devotadas a alcançar uma representação concreta do universo em sua totalidade e, outrossim, um fundamento metafísico de explicação da natureza.
In March 1755, came to public, both in Leipzig and Königsberg (under edition of Johann Friedrich Petersen), the "General History of Nature and Theory of Heaven"; booklet from Immanuel Kant (1724-1804), a conspicuous and outstanding German philosopher, who showed the largest systematisation of his named pre-critical cosmology. A few months later, most notably in the summer semester of 1756, Kant himself begins to teach a course in physical geography. It seems to be undeniable that there is an affluent consanguinity amongst the rising of geographical enquiries concerning Kant and these cosmological (and cosmogonic) meditations of 1755. These ones were devoted to achieving a concrete representation of the universe in its entirety and, likewise, a metaphysical fundament of nature explanation.