“LUTAR NÃO É LOUCURA”: a ação do grupo Mães Kiss em busca de memória e justiça no caso da tragédia

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ISSN: 1676-2827 (impressa); 2179-9571 (on-line)
Editor Chefe: Prof. Luiz Henrique Barbosa
Início Publicação: 01/10/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

“LUTAR NÃO É LOUCURA”: a ação do grupo Mães Kiss em busca de memória e justiça no caso da tragédia

Ano: 2019 | Volume: 22 | Número: 29
Autores: Alice Bianchini Pavanello, Sandra Rúbia Silva
Autor Correspondente: Alice Bianchini Pavanello | [email protected]

Palavras-chave: facebook, práticas de consumo, boate kiss, mães kiss, memória

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Um grupo de mães que perdeu os filhos na Tragédia da Boate Kiss se uniu para pedir justiça e memória. Como forma de resistência, elas realizam vigílias permanentes no centro de Santa Maria/RS e consomem o Facebook como dispositivo de comunicação com a sociedade. O objetivo deste artigo é analisar as práticas de consumo do Facebook pelas Mães Kiss para enfrentar as tentativas de silenciamento de suas vozes, naturalização das injustiças e esquecimento da tragédia. Este trabalho está amparado nas teorias do consumo sociocultural das plataformas digitais (MILLER et al, 2016; CAMPANELLA; BARROS, 2016; CASTRO, 2014, DOUGLAS; ISHERWOOD, 2004). É adotada uma abordagem etnográfica para internet (HINE, 2015, 2016), por meio da qual se busca uma reflexão baseada nas publicações e a percepção dessas práticas pelas próprias mães. Dentre as conclusões, se aponta o Facebook como sendo consumido de forma a criar e legitimar a presença delas nos espaços públicos físicos e virtuais e um esforço para fortalecer a luta do grupo em busca de memória em nome da justiça.



Resumo Inglês:

A group of mothers who lost their children in the Kiss Nightclub Trage - dy came together to ask for justice and memory. As a form of resistance, they hold permanent vigil in downtown Santa Maria / RS and con - sume Facebook as a communication device with society. The purpose of this article is to analyze Kiss Mothers’ consumption practices of Face - book to face the attempts to silence their voices, naturalize injustices and forget about the tragedy. This work is supported by the theories of sociocultural consumption of digital platforms (MILLER et al, 2016; CAMPANELLA; BARROS, 2016; CASTRO, 2014, DOUGLAS; ISH - ERWOOD, 2004). An ethnographic for the internet is adopted (HINE, 2015, 2016), through which we seek a reflection based on the publica - tions and the perception of these practices by the mothers themselves. Among the conclusions, it is pointed out that Facebook is consumed in order to create and legitimize their presence in physical and virtual public spaces and an effort to strengthen the group’s struggle for mem - ory in the name of justice.