Este artigo se propõe a discutir questões referentes ao controle do corpo feminino e os entraves provocados no (não) exercÃcio da autonomia[i] das mulheres (sobre seu corpo e sua sexualidade), atentando para os discursos que dão sustentação para esse tipo de opressão[ii] tão entranhada em nosso cotidiano. Parte da análise de duas oficinas sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos com mulheres e homens jovens que fazem parte do Clube de Mães de uma Comunidade na Periferia do Recife – PE, cujo nome fictÃcio é Alto do ParaÃso. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com análise temática dos diálogos produzidos nas oficinas, a partir de um referencial feminista pós-estruturalista (Butler, 2003; Haraway,1995). Pretende-se com este artigo debater sobre questões em torno do saber psi no campo da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos, questionando as regulações de gênero que controlam e normatizam o exercÃcio da sexualidade por parte de mulheres e homens jovens.