O artigo aborda a lealdade dos escravos à União durante a Guerra Civil Americana, indo além de duas afirmações habituais, tanto “Lincoln libertou os escravos”, quanto “Os escravos se libertaram”. Ao fazê-lo, sonda como a abolição da escravatura foi obtida pela interação de dois atores poderosos, o Partido Republicano e seu líder, o presidente dos EUA, e os próprios escravos, que se afirmaram livres ao migrar para as linhas do Norte. Dialogando com E. P. Thompson, o artigo chama a atenção para o significado da exclusão de plebeus e trabalhadores da política institucional, apontando para a importância da história política também para os negros estadunidenses.
The article addresses the loyalty of slaves to the Union during the American Civil War going beyond two usual statements, either "Lincoln freed the slaves" or "the slaves were freed." In doing so, it discusses how the abolition of slavery was a result of the interaction of two powerful actors, the Republican Party and its leader the US president and the slaves themselves, who claimed to be free by migrating to the Union lines. In a dialogue with E. P. Thompson, the article draws attention to the significance to plebeians and workers of the exclusion of institutional politics and the importance of political history also for black Americans.